Diário de Notícias

Djokovic- Federer. A final ( repetida) da desilusão britânica

O sérvio venceu Gasquet e viu o suíço levar a melhor sobre Murray. Em 2014 o n. º 1 mundial venceu o n. º 2 do ranking ATP

- I S AURA A L MEI DA

Novak Djokovic versus Roger Federer outra vez! Amanhã, Wimbledon vai assistir a uma reedição da final de 2014, ano em que o tenista sérvio e líder do ranking ATP levou a melhor sobre o suíço, atual n. º 2 mundial em cinco sets. Ontem, Federer impediu Andy Murray de chegar à final em três sets, tal como Djokovic fez com Gasquet.

Federer procura o oitavo triunfo no open londrino em dez finais, enquanto Djokovic tenta erguer o troféu pela terceira vez. O suíço tem assim uma nova oportunida­de de ouro para fazer história no open inglês, depois de no ano passado ter perdido para “Djoko”. Se vencer torna- se o único atleta a vencer oito edições do mais antigo e prestigian­te torneio de ténis a nível mundial, superando a marca de Pete Sampras e de William Renshaw, que, tal como ele, venceram sete edições, embora o britânico o tenha conseguido ainda na era amadora.

Quando entrar no court, Federer terá 33 anos e 340 dias, o que faz dele o finalista mais velho desde 1974, quando Ken Rosewall perdeu a final com 39 anos e 246 dias.

Num frente- a- frente entre os finalistas de 2015, equilíbrio é o fator dominante, com o suíço a levar a melhor por apenas um jogo ( 20- 19). Neste ano, o sérvio já venceu cinco torneios e o suíço quatro, mas o atual n. º 2 mundial goleia o n. º 1 em título do Grand Slam ( 17- 8), embora tenha mais cinco anos de circuito. Mas, nas duas últimas vezes em que se encontrara­m numa final, Djokovic venceu ambas ( Masters de Indian Wells e Roma). Imperial frente a Sir Murray Ontem, Roger Federer venceu Andy Murray em três sets, pelos parciais de 7- 5, 7- 5 e 6- 4. Um jogo marcado pelo equilíbrio e pela espetacula­ridade dos golpes e que fez levantar várias vezes os milhares de adeptos que assistiam no lotado All England Club. Aliás, havia mais gente fora do recinto do que nas bancadas a seguir pelos ecrãs gigantes o jogo que pôs frente a frente o segundo e o terceiro melhores do mundo.

Com um desempenho brilhante, Federer, sete vezes campeão de Wimbledon, impediu o vencedor do torneio de 2013 de repetir a final em 2015. Mesmo com as bancadas claramente contra – incluindo Bjorn Borg, Sir Alex Ferguson, Thierry Henry ou o príncipe André –, o suíço não se intimidou e entrou forte e determinad­o no jogo, exibindo- se a um nível altíssimo, com alguns passing shots fantástico­s, acabando mesmo com o impression­ante registo de 20 ases em duas horas e sete minutos de jogo!

“Tenho servido bastante bem durante todo o torneio. Não cedi o serviço diante de um jogador com uma das melhores respostas. Mantive a pressão e apostei nas minhas pancadas. Variei bastante o jogo e tentei sempre subir no court e manter- me concentrad­o. Correu tudo muito bem”, desabafou Federer no final do jogo.

A exibição imperial do suíço levou o lendário John McEnroe, que comentou o jogo para a BBC, a ex- O aperto de mão de Murray a Federer, o senhor dez finais em Wimbledon; Djokovic esticou- se para levar a melhor sobre Gasquet na outra meia- final clamar: “Se amas o desporto, se amas o ténis, tens de amar este gajo! Podes ser fã do Nadal, do Djokovic ou do Murray, mas tens de adorar o Federer.”

Novak Djokovic é que não deve ter gostado nada da performanc­e do número dois mundial frente a sir Andy Murray, afinal ele será o adversário da quarta final em Wimbledon. Vencedor em 2011 e 2014, Djokovic precisou de duas horas e 20 minutos para eliminar Gasquet, 20. º do ranking e vencedor do Estoril Open, por 7- 6 ( 2), 6- 4 e 6- 4.

Apesar do triunfo sem ceder qualquer set, o sérvio mostrou algumas dificuldad­es físicas no ombro esquerdo e teve de ser assistido durante o jogo, mas no final desvaloriz­ou o problema: “Não é nada que me incomode, honestamen­te. No domingo estará ótimo.”

Federer é o mais velho finalista, 33 anos e 340 dias, desde 1974

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