Caçadores furtivos matam a tiro irmão do leão Cecil
Governo de Harare interditou a caça a espécies de grande porte nas imediações do parque onde os dois animais foram abatidos
ZIMBABWE O leão Jericho foi atingido e morto por atiradores num parque no Zimbabwe, na tarde de ontem. Jericho era irmão de Cecil e protegia as crias deste quando foi abatido, informaram os serviços de proteção da natureza do Zimbabwe através da sua página no Facebook.
“É com grande desgosto e tristeza que acabamos de ser informados que Jericho, irmão do leão Cecil, foi morto às 16.00. Estamos de corações partidos”, podia ler- se no comunicado.
A morte de Jericho sucede cerca de um mês após a do irmão, atingido a tiro pelo dentista americano Walter Palmer, o que provocou uma vaga de indignação por todo o mundo. Após a morte de Cecil a preocupação dos responsáveis do parque era que o irmão não conseguisse manter o território e que o grupo poderia ser expulso por rivais e as crias mortas por estes.
Depois desta segunda morte, o Zimbabwe anunciou que vai fazer restrições imediatas à caça de animais de grande porte como leões, elefantes, leopardos, nas cercanias da reserva de Hwange.
Na sexta- feira, o governo de Harare já havia exigido a extradição de Walter Palmer, que matou o leão Cecil, considerado um símbolo nacional, no começo de julho, depois de atraí- lo para fora dos limites do Parque Nacional Hwange.
Os Estados Unidos abriram um inquérito sobre a morte do felino. O leão Cecil tinha 13 anos e liderava um bando de três fêmeas e seus descendentes. Neste momento, uma petição que pede o julgamento de Palmer ( que está em parte incerta) pela morte do leão Cecil tem mais de 700 mil assinaturas e a associação americana de defesa dos direitos dos animais PETA defende que caçador deveria ser enforcado.