Diário de Notícias

40 mil em delírio com Calvin Harris

DJ mais bem pago do mundo teve casa cheia. Portuguese­s D. A. M. A. f izeram famílias felizes

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Calvin Harris, o DJ mais bem pago do mundo foi o espetáculo que arrastou a maior legião de fãs, no MEO Sudoeste, levando ao delírio as 40 mil pessoas que se encontrava­m na Herdade da Casa Branca, já na madrugada de sexta- feira. O DJ e produtor escocês fez jus ao estatuto de que goza na ce - na da música eletrónica e ofereceu à multidão à sua frente sucessos como Lean on, de Major Lazer, Feel so Close, Spectrum, de Florence and the Machine, ou Outside, de Ellie Goulding. Bem como Summer, o seu grande êxito de 2014. Um original será sempre melhor do que uma réplica. Mas, à chegada de Calvin Harris, já quatro DJ tinham passado pelo MEO Sudoeste. Muitos deles replicando êxitos do escocês, o que torna por vezes redundante­s os concertos. A uma hora bem mais apetecível e como um doce contra a vida amarga, chegaram os D. A. M. A. Havia famílias felizes a assistir ao concerto, muitas crianças que sabiam êxitos como Às Vezes, Luísa e Não Dá de cor e cantavam as letras, numa contagiant­e alegria. Para delírio dos fãs, trouxeram convidados como Virgul, antigo membro dos Da Weasel, e Salvador Seixas. Encaixado entre os D. A. M. A. e os C2C, Diogo Piçarra gritava ao vento “eu sei que não sou perfeito”, mas a sua prestação no palco Santa Casa ficou quase perdida. Ainda assim cantou Tu e Eu para o público que ali esteve para o ver, mais do que para o ouvir, já que o som do palco MEO era bastante mais forte. Do mesmo fenómeno de sons perdidos pela concorrênc­ia sofreu o coletivo algarvio Átoa, estreantes na Herdade da Casa Branca que também atuaram no palco Santa Casa. Os quatro DJ franceses C2C fizeram uma entretida batalha de scratch. Emeli Sandé subiu ao palco e a sua poderosa voz entrou em força com Heaven e Highs and Lows. Ataviado em fatos de treino pretos e bran cos, o coro, cheio de swing no corpo e soul na voz, deixou o público rendido com temas como Wonder ou What I Did for Love. A apoteose chegou com Read all about it. O concerto de Sandé abriu um precedente no Sudoeste: no final de cada tema as pessoas batiam palmas, coisa que até então não acontecia ou porque a atuação é contínua ou porque se limitavam a gritar.

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