Um dragão ainda a pôr muitas peças no lugar
Dragão encheu, mas o renovado FC Porto não conseguiu marcar. Precisa de ganhar profundidade e capacidade de remate
Osvaldo já se mostrou ontem aos adeptos portistas, mas ainda sem golos O FC Porto empatou a zero no jogo de apresentação com o Nápoles, de Itália, tal como tinha feito na época passada com o Saint- Etienne. Num jogo que, como sempre, encheu o Dragão ( 48 109 espectadores), a equipa de Lopetegui teve bons e maus momentos, mas pela terceira vez em sete jogos não marcou golos, embora também não tenha sofrido pelo quarto jogo. Há ainda trabalho, muito, a fazer e decisões a tomar sobre as posições de certos jogadores. Para já, o avançado espanhol Adrián López não foi apresentado e deve sair.
Estes jogos valem sobretudo pela primeira parte e durante esse tempo o FC Porto foi melhor e foi impondo a sua lei, criando algumas oportunidades de golo que se estenderam até aos 10 minutos da segunda parte. Com as qualidades que se conhecem ( de posse de bola, de boa circulaçåo) e também os defeitos ( alguma falta de profundidade, dificuldade em conectar com Aboubakar nalguns períodos). Foi o avançado francês a ter nos pés uma das melhores oportunidades, sentando Albiol, mas chutando fraco em boa posição. Brahimi saiu ao fim de um quarto de hora, com queixas, e a equipa perdeu uma das suas fontes de jogo – e isso notou- se, claro. Segundo Lopetegui, pode ter um problema muscular, o que seria muito mau para o arranque da época.
De uma forma geral, o FC Porto teve muitas dificuldades outra vez quando o Nápoles fez pressão alta, cometendo erros porque o seu jogo é obsessivamente com bola – e muitas vezes mais vale não a ter ou despachá- la. Dificuldades sobretudo quando entraram Higuain e El Kaddouri no Nápoles e o meiocampo portista já não tinha Imbula. Mas Lopetegui precisa de arranjar forma de a equipa sair melhor da defesa.
Para já, o FC Porto ainda está verde e só Imbula, em arrancadas individuais, conseguiu levar a bola para a frente com segurança e efetividade. E Maxi, um jogador precioso. De resto, o FC Porto conseguiu não sofrer golos na parte final, quando a equipa já tinha poucas referências e os italianos tinham Callejon e Higuain.
Casillas brilhou numa boa defesa ao único remate do Nápoles na primeira parte, Cissokho começou bem mas saiu com queixas antes dos 45’, enquanto Bueno entrou ao intervalo para uma posição ( como ala esquerdo) que não pode ser a sua. Danilo, desta vez, entrou para trinco ( onde começou Ruben Neves, bem a passar mas em dificuldades no jogo físico) e não se saiu muito bem. Melhor André André, mexido, enquanto Pablo Osvaldo chegou esta semana ainda quase sem treinar e jogou a meia- hora final – Aboubakar deve começar a titular, mas terá de ser mais presente no jogo e rematar melhor. Ou seja, dragões
FC PORTO
NÁPOLES ainda com pouca cor, a precisar de definir posições, com algumas lesões aborrecidas ( Alex Sandro não jogou) e com outros pontos melhores, como Imbula, Maxi e Varela, em certos momentos.