Um quadro formado na JS pós- Seguro
Economista, 36 anos, ex- líder da Juventude Socialista, fez parte da equipa que levou António Costa à liderança do PS, em 2014
Duarte Cordeiro começou a ter protagonismo na política quando chegou, em 2008, à liderança da Juventude Socialista, função que deteve até 2010.
Ele, Sérgio Sousa Pinto, Pedro Nuno Santos e Pedro Delgado Alves “militam” todos na ala esquerda do PS, são há muito próximos de António Costa, contribuíram todos para o desgaste da liderança de António José Seguro – e foram todos líderes da JS ( Sérgio Sousa Pinto foi o primeiro, entre 2000 e 2004, sucedendo precisamente a António José Seguro). Todos eles foram também protagonistas no combate que em janeiro de 2010 levaria o Parlamento a aprovar a legalização do casamento gay. Duarte Cordeiro foi um dos deputados a integrar a maioria que votou “sim”. No ano passado fez parte da equipa, dirigida por Ana Catarina Mendes, que conduziria a campanha no PS que levou Costa à liderança do partido.
Quando António Costa chegou à presidência da Câmara Municipal de Lisboa ( CML), em 2007, iniciou- se a ocupação “costista” do aparelho do PS em Lisboa. Duarte Cordeiro fez parte dessa operação, e hoje dirige a concelhia do partido na capital. Um outro costista de sempre, Marcos Perestrello, da mesma geração de Duarte Cordeiro, lidera a estrutura distrital do PS em Lisboa. Desde que Fernando Medina ascendeu a presidente da CML, em abril deste ano, que Duarte Cordeiro, por sua vez, subiu ao cargo que Medina ocupava, o de vice- presidente da autarquia. É ele o responsável por tudo o que seja “manutenção” da cidade: detém os pelouros da Higiene Urbana / Estruturas e Mobilidade de Proximidade. Agora, até às eleições, esses pelouros serão assumidos pelo presidente da câmara. Duarte Cordeiro ou se fará substituir ou meterá férias, para dirigir a tempo inteiro a campanha de Costa.
Se a demissão de Ascenso Simões foi uma surpresa, já o mesmo não se pode dizer face à escolha do seu substituto. Em 2011 Duarte Cordeiro foi o escolhido para ter o mesmo papel na campanha presidencial de Manuel Alegre – desta vez apoiada pelo PS, ao contrário da de 2006. O resultado não foi brilhante ( 19,76%) mas a campanha alegrista foi- se desenrolando sem casos internos que criassem ruído sobre o seu funcionamento.
O seu percurso político incluiu no primeiro governo de Sócrates um cargo de assessor do então secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, tornando- se depois vice- presidente do Instituto Português da Juventude ( IPJ). Implementou a Lei do Associativismo Jovem. Também dirigiu a Fundação de Divulgação das Tecnologias de Informação.