Diário de Notícias

Cabeças de lista são todos homens em cinco dos 15 círculos eleitorais dominados pelos candidatos masculinos

- M. C. F. com Lusa

Em Setúbal, Leiria, Castelo Branco e Fora da Europa há mais mulheres do que homens ( 3- 1) no topo das listas para as legislativ­as, mas tal estatuto é exclusivo para homens noutros cinco círculos.

Os candidatos a deputados do género masculino dominam em dez outros círculos eleitorais perante uma representa­nte feminina – num total de 15 dos 22 – e sem contar com os partidos ou coligações que vão tentar obter assento no Parlamento a 4 de outubro, uma década após a aprovação da Lei da Paridade que obriga a pelo menos 33% de figuras do sexo minoritári­o nas listas.

Em Aveiro, Faro, Évora, Guarda e Bragança só há homens como cabeças de lista, tant o das coligações Portugal à Frente ( PAF, entre PSD e CDS- PP) e da CDU ( PCP- PEV ) , como do PS ou do BE. Na Madeira e nos Açores, onde os partidos do governo concorrem separados, só o PSD colocou mulheres à frente do rol de f ut uros parl a - mentares.

Paridade nos cabeças de lista ocorre em Coimbra, Beja e na Europa, com duas mulheres e dois homens. PAF e PS avançam com mulheres na cidade dos estudantes, face a homens da CDU e do BE. Em Beja é novamente a PAF, com o BE, a fazer- se representa­r por mulheres face aos homens de PS e CDU, enquanto, na Europa, PAF e PS apresentam homens e, à esquerda, mulheres.

Em Setúbal e Leiria, respetivam­ente, Francisco Lopes ( PCP) e Heitor Sousa ( BE) são os únicos homens entre “mulheres de armas”. O ex- candidato presidenci­al do PCP vai bater- se com a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerqu­e, a vice da bancada do PS, Ana Catarina Mendes, e a gémea da mediática parlamenta­r Mariana Mortágua, Joana ( BE). O primeiro nome do CDS, que surge em terceiro lugar na lista da coligação, é o do líder parlamenta­r, Nuno Magalhães. Em Leiria, o economista Heitor de Sousa ( BE) terá pela frente a secretária de Estado dos Assuntos Parlamenta­res e Igualdade, Teresa Morais, sendo a ministra Assunção Cristas ( CDS) a quarta da lista da coligação PAF. PS e CDU serão representa­dos pela universitá­ria e ex- representa­nte da Comissão Europeia em Portugal Margarida Marques e pela professora e sindicalis­ta Ana Rita Carvalhais, respetivam­ente.

Lisboa tem o retrato mais típico e com “pesos- pesados”: três homens para uma mulher. O primeiro- ministro, Passos Coelho, está à frente do seu vice, Paulo Portas. O líder do PS e ex- presidente da Câmara de Lisboa António Costa, e o homólogo comunista, Jerónimo de Sousa, marcam território face a Mariana Mortágua, que se estreou pelo BE a meio da legislatur­a e brilhou em várias ocasiões ( como o caso BES).

A porta- voz do BE, Catarina Martins, surge isolada entre os cabeças de lista no Porto, contra o ministro Aguiar- Branco, o universitá­rio Alexandre Quintanilh­a ( como independen­te pelo PS) e o de - putado Jorge Machado ( PCP). O ministro Mota Soares é a face do CDS ( em quarto lugar).

Aveiro é exemplo de círculos eleitorais só com “galos no poleiro”, com o líder parlamenta­r do PSD, Luís Montenegro – pelo CDS surge o secretário de Estado João Almeida ( em quarto lugar). O deputado Pedro Nuno Santos ( PS), o eurodeputa­do Miguel Viegas ( CDU) e o psicólogo Moisés Ferreira ( BE) desafiam- nos.

O PS é o partido com mais cabeças de lista masculinos ( 16- 6), seguindo- se a coligação PAF ( 15- 5), com o PSD a apresentar duas mulheres e o CDS dois homens nas regiões autónomas ( círculos onde concorrem separados).

A CDU tem o rácio mais equilibrad­o – nove mulheres e 13 homens –e o BE tem sete mulheres e 15 homens no topo das respetivas listas.

Maria Luís Albuquerqu­e concorre

em Setúbal

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