Diário de Notícias

Financiame­nto público da TVE cresce após três anos congelado

A televisão pública espanhola vai receber 50 milhões de euros do Estado e mais 380 milhões com o aumento da taxa audiovisua­l.

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AUMENTO Chegaram, finalmente, boas notícias para a estação de televisão pública de Espanha. Durante três anos, a TVE não recebeu subsídios do Estado, que ficaram congelados devido à crise financeira. Devido ao corte no financiame­nto estatal, a televisão pública espanhola fechou esses períodos anuais com perdas na ordem dos cem milhões de euros. Mas, agora, vai receber um no - vo fôlego financeiro.

Segundo o jornal El País, e de acordo com o Orçamento do Estado para 2016, a TVE receberá um total de 331,5 milhões, em comparação com os 292,7 deste ano. A estação pública recupera assim as verbas perdidas no montante de 50 milhões de euros, um valor que se - rá utilizado para cobrir os custos adicionais da transmissã­o dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro 2016, cujos direitos de transmissã­o foram adquiridos pela TVE.

O gover no espanhol decidiu ain da aumentar o valor da taxa audiovisua­l, o que fará a estação pública arrecadar 380 milhões de euros no próximo ano, mais 50 milhões de euros do que irá obter em 2015. Para tornar este incremento financeiro possível, o Estado espanhol alterou a lei de financiame­nto da TVE, que em 2009 estimava como limite máximo anual os 330 milhões de euros.

O texto do novo artigo diz que enquanto a lei do Orçamento do Estado não estabelece­r uma percentage­m diferente, o percentual obtido será de 100%, “com um montante máximo anual de 380 milhões de euros” .

Mas as ajudas à estação pública de televisão espanhola não ficarão por aqui. Ainda de acordo com o Orçamento do Estado para o próximo ano, fica estabeleci­do que a TVE vai receber mais 61 milhões de euros para pagar os custos da dívida que foi contraída pela sociedade que existia antes de a TVE ter sido criada.

O restante do incremento financeiro que a estação pública de Espanha irá receber virá da taxa que é paga anualmente pelas empresas de telecomuni­cações e que correspond­e a 0,9% da receita, da televisão privada ( 1,5%), e ainda do patrocínio de programas e da venda de conteúdos, escreve o El País .

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