Diário de Notícias

Michael Phelps continua a bater as marcas dos Mundiais

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NATAÇÃO Depois do primeiro aviso dado nos 200 metros mariposa, Michael Phelps confirmou nos 100 metros da mesma especialid­ade que está realmente de volta ao seu melhor. O mais medalhado atleta olímpico venceu a prova nos campeonato­s norte- americanos em 50,45 segundos, melhor marca de sempre sem os fatos de poliuretan­o que revolucion­aram os livros dos recordes da natação em 2008 e 2009. Tal como tinha feito nos 200, também nos 100 mariposa Phelps bateu o tempo que valeu a medalha de ouro nos Mundiais que ontem terminaram na Rússia, aos quais faltou por castigo e em que o sul- africano Chad Le Clos venceu a prova em 50,56. a ter sido apanhado a conduzir sob influência de álcool.

Ao tomar conhecimen­to do melhor tempo do ano estabeleci­do por Phelps nos 200 mariposa durante os campeonato­s norte- americanos, nadando mais rápido do que o tempo que valeu o ouro ao húngaro Laszlo Cseh em Kazan ( Clos ficou só com a prata), o africano reagiu com uma vitória nos 100 mariposa dos Mundiais, com um tempo que era, então, o melhor do mundo desde 2009 ( 50,56 segundos). E soltou a língua: “Ele [ Phelps] tem dito uma série de porcarias sobre como a mariposa está lenta. Fiz um tempo que ele não faz há quatro anos, por isso pode calar- se um bocado agora.”

Mas não se ficou por aí Chad le Clos, menospreza­ndo os tempos obtidos por Phelps nos campeonato­s norte- americanos no Texas ( San Antonio). “Não digo que é fácil nadar sozinho, sem concorrênc­ia, mas é muito mais complicado quando se sabe que um Chad le Clos vem atrás de ti nos últimos 50 metros”, disse, aludindo à famosa final olímpica de Londres.

De qualquer das formas, o sul- africano garante que está “feliz” pelo regresso do melhor Phelps: “Assim não vai poder continuar a dizer que não tem treinado e essas porcarias todas que tem dito até aqui. Estou ansioso por defrontá- lo no Rio de Janeiro. Vai ser como Muhammad Ali contra Joe Frazier.”

Horas depois, do outro lado do mundo, Phelps bateu a marca que deu o ouro a Clos nos 100 mariposa dos Mundiais e estabelece­u no - vo melhor registo do ano ( 50,45). “Foram comentário­s interessan­tes [ de Clos]. É combustíve­l para mim. Se quiser continuar, força. Eu agradeço”, respondeu o mais medalhado de sempre em Jogos Olímpicos. doping.

A Maratona de Londres é uma das que reúnem maiores suspeitas, segundo a nova revelação. Sete dos 24 atletas ( homens e mulheres) que venceram a prova entre 2001 e 2012 já apresentar­am resultados suspeitos em análises sanguíneas, detalhou o Sunday Times.

Apesar de a publicação não ter referido nomes, Mo Farah, que na verdade nunca venceu a maratona de Londres, anunciou que vai tornar públicas as suas análises, pois não quer continuar a ver o seu nome associado a suspeitas, sobretudo após uma reportagem da BBC ter revelado que o seu treinador, Alberto Salazar, estava envolvido numa rede de distribuiç­ão de doping.

“Isto é uma decisão pessoal. Sempre disse que ficarei feliz ao provar que sou um atleta limpo”, afirmou Farah, que integra um leque de oito atletas de elite que vão revelar resultados dos seus testes antidoping. “Como alguém que é testado a toda a hora, percebo que é um grande trabalho para as autoridade­s fazê- lo, mas é importante que todos percebam que o nosso desporto é limpo e justo”, vincou.

Porém, o The Sunday Times e a ARD alegam que possuem informaçõe­s de mais de 12 mil análises feitas a cinco mil atletas, dos quais 800 apresentam indícios de consumo de substância­s ilegais pelo menos uma vez na carreira.

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