Espírito Santo Property pagou primeira fatia da dívida a todos os 374 credores
A empresa recebeu luz verde do tribunal e pagou aos 374 credores, num montante total de 7,5 milhões de euros
DÍVIDA A empresa de promoção imobiliária Espírito Santo Property já pagou a primeira tranche aos 374 credores, no montante de 7,5 milhões de euros, que corresponde a 20% do valor total em dívida, segundo apurou o Dinheiro Vivo.
Deste montante, cerca de cinco milhões de euros foram para o pagamento de papel comercial, enquanto os restantes 2,5 milhões destinaram- se a bancos. O segundo pagamento deverá ocorrer daqui a um ano e, até lá, a Espírito Santo Property espera conseguir vender ativos que permitam ir realizando os pagamentos, até 2020, como apresentou no Plano Especial de Revitalização ( PER) da companhia.
O pagamento só foi possível depois de o tribunal ter dado autorização, já que alguns dos ativos foram arrestados.
O arresto judicial de património imobiliário da família Espírito Santo impediu o reembolso do papel comercial da ES Property, que estava previsto no âmbito do PER. Em causa está uma dívida que ronda os 30 milhões de euros, repartida por 374 investidores de retalho, que seria paga até 2020.
A proposta que foi apresentada aos investidores – incluindo clientes de retalho do BES – consiste no reembolso do papel no prazo de cinco anos. E prevê que o pagamento tenha lugar de forma faseada: 20% será pago no prazo de um mês após a aprovação do PER da empresa, sendo o restante pago até 2020, com cinco tranches de 16% do valor em dívida
A Espírito Santo Property já tinha prometido reembolsar integralmente os investidores em papel comercial, ao contrário das hol
Rioforte e Espírito Santo International ( ESI), que estão em liquidação.
Além destes clientes de retalho do antigo BES, a empresa que detinha os investimentos imobiliários do antigo Grupo Espírito Santo ( GES) tem os seguintes credores: Estado ( cinco milhões de euros), Millennium bcp ( 13,5 milhões), BIC ( 11,3 milhões), Crédito Agrícola ( 3,1 milhões) e BES S. A. ( o “banco mau”, com um milhão).