JM e BCP afundam Bolsa
A Bolsa lisboeta caiu ontem mais 1,81%, penalizada pelas eleições... na Polónia. A explicação é simples: o governo polaco prevê um agravamento dos impostos para as empresas dos setores financeiro e retalho, nos quais o BCP e a Jerónimo Martins detêm significativas quotas de mercado. As ações do banco presidido por Nuno Amado caíram ontem mais 2,22%, depois de revelado que as medidas anunciadas pela Polónia poderão implicar um custo de 325 milhões de euros ao BCP, que arriscaria ficar durante três anos sem receber qualquer contribuição do Bank Mil- lennium; a dona do Pingo Doce, que tem na polaca Biedronka uma parte importante das suas receitas, acabou por perder 4,44% na Bolsa. A curva negativa do mercado foi ainda acentuada pelas quedas acentuadas nas ações do BPI (- 2,43%), no dia em que o banco presidido por Fernando Ulrich confirmou que está a estudar “soluções” para o BFA, o seu banco em Angola; e na Galp (- 2,32%), penalizada pela forte queda dos preços do petróleo nos mercados internacionais, em resposta à notícia de uma inesperada subida das reservas de crude nos EUA.