Diário de Notícias

Alexis Tsipras pede apoio do Parlamento Europeu

Mecanismo Europeu de Estabilida­de foi autorizado a avançar com empréstimo a Atenas. Valor final ainda não é conhecido

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O primeiro- ministro grego pediu ontem ao presidente do Parlamento Europeu a participaç­ão ativa da instituiçã­o na avaliação do programa de resgate grego. Numa carta enviada a Martin Schulz, Alexis Tsipras pede “o envolvimen­to completo e direto” do Parlamento Europeu “no processo de revisão periódica de aplicação do acordo” para assistênci­a financeira ao país.

De acordo com a agência EFE, fontes governamen­tais helénicas disseram que os dois políticos conversara­m por telefone e que Schulz, que acolheu o pedido de “forma positiva”, adiantou que este “será analisado pelos grupos parlamenta­res logo após a abertura do Parlamento Europeu”.

“Considero um imperativo político que a única instituiçã­o europeia com um mandato direto do povo atue como garante da responsabi­lidade democrátic­a e compatibil­idade da política económica na Europa com as normas sociais e económicas europeias”, afirmou Tsipras na missiva.

Ontem, os ministros das Finanças da zona euro deram luz verde ao Mecanismo Europeu de Estabilida­de ( MEE) para avançar com o empréstimo até um valor máximo de 86 mil milhões de euros, que compõe o terceiro resgate a Atenas, nos próximos três anos. “Temos muito trabalho a fazer nos próximos anos, mas penso que as decisões tomadas nas últimas duas semanas, e especialme­nte hoje, são um grande passo nessa direção”, declarou o presidente do Eurogrupo, o holandês Jeroen Dijsselblo­em, em comunicado.

Quanto ao montante exato do terceiro resgate à Grécia, o Mecanismo Europeu de Estabilida­de referiu ontem que o valor total a atribuir até 2018 vai depender da participaç­ão do Fundo Monetário Internacio­nal no novo programa de ajuda, o que poderá vir a acontecer após a primeira missão de avaliação, assim como do “sucesso da Grécia na aplicação das reformas”.

O MEE explicou ainda que as eventuais receitas com privatizaç­ões também podem “reduzir o montante global do apoio financeiro necessário”.

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