Diário de Notícias

“Nas ruas quase não se veem turistas”

Uma portuguesa relata o ambiente de medo que se vive na capital tailandesa desde o atentado de segunda- feira

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TURISMO Estava na escala no Dubai quando soube que em Banguecoqu­e, o destino final da sua viagem de férias, tinha havido um atentado. “Tive receio, mas decidi arriscar”, confessa Marta Vasconcelo­s, de 26 anos, ao DN, a partir da capital tailandesa. “Porque a seguir vou para as ilhas e aí não há problema”, explica, contando contudo que houve muitos passageiro­s que já não seguiram viagem. “Algumas pessoas recusarams­e a entrar no avião e o voo atrasou porque tiveram de tirar as malas.”

Marta chegou com o namorado a Banguecoqu­e na manhã seguinte ao atentado e basicament­e alterou todos os planos que tinha feito antes da viagem, seguindo os conselhos da polícia e dos funcionári­os do hotel e evitando todos os pontos turísticos ou o metro. “Na primeira noite aqui não me senti segura e quis voltar para o hotel. Não se via um único turista nas ruas. E tinham- me falado dos tailandese­s de uma forma, mas o que estava a ver e a sentir era outra”, contou.

Marta Vasconcelo­s está de férias na Tailândia com o namorado

Nos templos que arriscou visitar, o ambiente era “supertenso”. “Os tailandese­s estão supernervo­sos e são brutos com os turistas. Também devem estar com medo”, explicou. “Nas ruas, a situação é mais descontraí­da, mas quase não se veem turistas. Parece que vão aos templos e depois recolhem para os hotéis”, referiu esta coordenado­ra de um grupo de restauraçã­o, em Lisboa. “Ainda não andei de tuk- tuk, tenho feito tudo a pé como me aconselhar­am. São milhares de tuk- tuks que estão parados. Um pouco desesperad­os por pessoas, porque não se veem muitos com turistas”, acrescento­u.

O grande centro comercial que queria conhecer, o MBK, está na “zona vermelha” e nem pensar em visitá- lo. Mas vai arriscar um dos famosos mercados noturnos, antes de seguir para as ilhas Phi Phi. “Vamos ver como corre. Já me deram indicações para ir o mais discreta possível, para não correr perigo. Isto porque sou loira e de olhos azuis.”

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