Diário de Notícias

Quarteto da repetição batoteira

- RUI PEDRO TENDINHA

QUARTETO FANTÁSTICO JOSH TRANK

Uma mensagem no Twitter do realizador Josh Trank terá denunciado que o estúdio 20th Century Fox estragou o seu filme. Se for verdade, não espanta. Este reboot está remendado do começo ao fim. Ficamos a saber que o Senhor Fantástico era um menino nerd com jeito para engenhocas científica­s e que é levado para uma escola especial onde desenvolve uma invenção que permite teletransp­ortar matéria. Mais tarde, fica amigo do Doutor Destino e juntos criam a máquina topo de gama de teletransp­orte. O resto já se sabe, ficam com superpoder­es depois da primeira experiênci­a. Além de um tom sorumbátic­o, armado à no nonsense, o filme tem uma propensão dramática sempre histérica e excessivam­ente pesada para o formato de exposição de efeitos visuais. O seu maior equívoco é apontar para um público juvenil e depois dar- lhe uma gravidade toda pimpona, à la Batman de Chris Nolan... Não resulta. Mesmo com todo o estardalha­ço, falta impacto. Ou seja, nem no bang nem no poder de explosões é eficiente.

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