JAIME ROCHA E OS LIVROS DE BOLSO
Como tem sido hábito, avisa Jaime Rocha, “levo para férias três géneros literários distintos: narrativa, diários/biografias e poesia”. Assim, aproveitando a saída recente de Todos os Contos, de Clarice Lispector, diz, “vou dedicar parte do tempo a um dos meus escritores de culto, à autora desse fabuloso Perto do Coração Selvagem, sem desprezar a ajuda do seu biógrafo Benjamin Moser, que fornece a introdução e as notas. Prosseguirei com um incompreensivelmente adiado, por culpa talvez dos prioritários Musil, Proust e Broch, e irromperei a valer pela Mitteleuropa e entrarei no Danúbio, do triestino Claudio Magris. A prosa leva sempre à poesia e vou dedicar-me a releituras com Todos os Poemas, de um dos meus poetas, Ruy Belo. Secretamente, escondido na mochila, um livro de bolso. Adoro livros de bolso. Levarei Billy Budd, publicação póstuma e bastante acidentada de um manuscrito de Herman Melville. Embarcarei num
navio de guerra inglês, mais de 50 anos antes de o baleeiro Pequod levar Ahab atrás de Moby Dick.