“Esta onda de títulos não é obra do acaso”
Quase duas semanas após o título de campeã europeia e depois de toda a onda de felicitações que recebeu, já desceu à terra? Sim, já digeri esta conquista e agora estou completamente focada nos Jogos Olímpicos, que são o meu grande objetivo. Este resultado transmite-me maior confiança e foi um sinal de que o trabalho está a ser bem feito. Como explica esta autêntica “enxurrada” de títulos europeus e mundiais para Portugal num espaço de tempo tão curto? Obviamente que esta onda de títulos internacionais não é obra do acaso, mas sim fruto do trabalho e dedicação. Falo por mim, mas posso falar por todos eles, pois sei que certamente abdicaram de muita coisa e fizeram inúmeros sacrifícios para atingir este nível. Qual foi a sua grande motivação? Sem dúvida a força que o meu filho Guilherme me transmitiu. Ele tem 3 anos e enquanto estive nos Europeus de Amesterdão falávamos todos os dias por Skype. Foi muito difícil de aguentar, pois ele todos os dias me dizia que queria que eu voltasse para Portugal. Consegui ultrapassar as saudades e foi por ele e sempre a pensar nele que consegui ser campeã europeia. Há quem defenda que o Presidente da República está a banalizar as condecorações. Qual é a sua opinião? Todas as condecorações foram merecidas, pois todos os atletas prestaram grandes serviços ao país. E como viveu essa experiência? Foi um dia que não mais esquecerei, pois é sinal de que prestei um bom serviço ao meu país. Gostei muito de privar com o nosso Presidente, uma pessoa muito acessível. Agora seguem-se os Jogos Olímpicos. Quer certamente voltar ao Palácio de Belém em agosto, depois de trazer uma medalha do Brasil… O meu objetivo será terminar nos oito primeiros lugares e tudo o que vier por acréscimo será bom.