União Europeia está pronta para enfrentar o brexit
Referendo britânico não é a única ameaça ao crescimento. Terrorismo, migração e conflitos geopolíticos estão na lista do G20
O brexit é um mal que não mata mas mói. Por um lado, “reforça as incertezas” para a economia mundial, por outro, os Estados membros da União Europeia “estão bem posicionados para enfrentar de forma dinâmica” a onda de choque – económica e financeira – que se seguirá no pós-brexit, o referendo que decretou a saída do Reino Unido da União Europeia.
Estas foram as linhas mestras da discussão entre ministros da Finanças e governadores de bancos centrais das 19 maiores economias do mundo (mais UE), reunidos durante dois dias na China, em Chengdu. O tema dominou todo o encontro do G20, o primeiro desde o referendo britânico, e a forma como o divórcio europeu irá acontecer também levantou dúvidas a muitos dos intervenientes, como o governador do Banco do Japão que considerou tratar-se de um assunto “importante na ordem do dia”.
Já o FMI deixou um alerta: “O essencial do brexit ainda está por acontecer e repercussões ainda mais negativas são uma clara possibilidade.” Além de apontar o dedo à ameaça de Londres, o G20, no seu comunicado final, elencou os demais riscos para o crescimento da economia que têm de ser combatidos – “a volatilidade financeira continua elevada e os conflitos geopolíticos, o terrorismo e o fluxo de migrantes”.