Portugueses derrotados nas finais do Santa Cruz Pro 2016
José Ferreira e Carol Henrique foram batidos na praia da Física por Andy Criere e Garazi Sanchez Ortun, respetivamente
SURF Os portugueses Carol Henrique e José Ferreira foram ontem derrotados nas finais do Santa Cruz Pro 2016, etapa do circuito mundial de qualificação de surf (WQS), que decorreu na praia da Física, em Torres Vedras. Mesmo assim, os segundos lugares acabam por ser um bom desempenho tendo em conta o valor dos rivais.
No WQS 1.000, o campeonato luso de menor categoria, abaixo do Azores Pro (6.000) e Cascais Billabong Pro (10.000), José Ferreira não foi além dos 5,66 pontos (2,83 e 2,83) na final, perdendo para o francês Andy Criere, que somou 15 (6,67 e 8,33).
“É um misto das duas coisas. Estou feliz com o evento que fiz. A competição tem muito aquela coisa de que quando a pessoa ganha é a melhor, quando perde é a pior. Mas também há que ver que um 2.º lugar num WQS é sempre um bom resultado. Estou feliz com a minha prestação ao longo do campeonato embora obviamente um pouco desapontado por não ter ganho a final. Mas sem dúvida que me deu uma motivação extra para a segunda parte do ano”, reagiu no final o surfista do Guincho, que tem agora como objetivo “solidificar as prestações em competição, especialmente em campeonatos de maior pontuação como os Prime [WQS 10.000 pontos], para começar a pensar entrar no WCT nos próximos anos”.
Na competição feminina, Carol Henrique foi derrotada no embate decisivo pela espanhola Garazi Sanchez Ortun, que somou 10,2 pontos (5,5 e 4,7), contra 9,1 da portuguesa (3,67 e 5,43). “É sempre difícil chegar à final. Há sempre muita pressão e surfar bem. Queria vencer, claro, mas estou feliz com o meu 2.º lugar. A derrota nem sempre é uma derrota. Retiramos sempre coisas boas das derrotas. Estou feliz. Surfei bem em todo o campeonato. E agora é continuar a treinar para da próxima vez vencer”, disse a surfista que há um ano se sagrou campeã europeia de juniores precisamente na praia de Santa Cruz. “Adoro esta onda, o meu surf encaixa bem nesta onda, e depois há a ‘vibe’ de todas as pessoas na praia a torcerem por nós que faz toda a diferença”, conclui Carol Henrique, que vive atualmente em Portugal com o irmão Pedro, também ele surfista.