Diário de Notícias

Um acidente deixou Pedro sem conseguir segurar a raquete. Hoje é olímpico

Golo de Gonçalo Paciência colocou Portugal na frente ainda na primeira parte, mas a Argélia tomou conta do jogo e o resultado acaba por ser lisonjeiro para a turma das quinas

- GONÇALO LOPES

Portugal já tinha garantido a presença nos quartos-de-final dos Jogos Olímpicos, mas Rui Jorge prometera lutar pelo primeiro lugar do Grupo. E conseguiu-o. Mesmo em serviços mínimos, o empate diante da Argélia deu para alcançar os objetivos traçados. Agora segue-se a Alemanha.

Com o apuramento alcançado, o selecionad­or optou ontem por fazer alguma gestão de recursos, dando oportunida­de a jogadores menos utilizados. Obviamente que a equipa se ressentiu, não conseguind­o apresentar bom futebol, ao contrário do que acontecera nas vitórias diante da Argentina e das Honduras.

Aliás, acabaram mesmo por ser os argelinos a equipa mais perigosa durante os 90 minutos. É verdade que Portugal foi a primeira equipa a marcar, aos 25’, numa grande penalidade inexistent­e, mas que Gonçalo Paciência não desperdiço­u, mas nem isso serviu para que os comandados de Rui Jorge elevassem o nível de motivação. Pior ficaram quando a Argélia conseguiu o (merecido) empate cinco minutos volvidos, com Benkablia, após excelente jogada individual na zona central da área portuguesa, a bater Bruno Varela.

Havia poucas ideias, velocidade e sobretudo entendimen­to entre setores. Ao contrário da Argélia, que procurava os primeiros pontos nestes Jogos Olímpicos e apresentav­a um futebol mais dinâmico, criando sempre muito perigo junto da baliza de Bruno Varela.

Foi este o filme da primeira parte e também muito do que se viu no segundo tempo, pelo menos até que a Argélia teve pernas para assustar a turma das quinas. Sem criar ocasiões e a ver a sua equipa em dificuldad­es, Rui Jorge acabou por colocar em campo alguns dos ‘pesos pesados’, como André Martins e Salvador Agra, mas estes serviram, sobretudo, para segurarem os argelinos, pois Portugal acabou por não criar grande perigo, só mesmo um remate de Pité, à entrada da área, aos 82’, colocou o guardião Methazem em apuros.

A Argélia, diga-se, foi de facto sempre mais perigosa e o resultado acaba por ser lisonjeiro para a equipa portuguesa, sendo que até mesmo no derradeiro minuto da partida os africanos tiveram a vitória nos pés, mas Tahar Meziane acabaria por rematar, já dentro da área, bem por cima, quando tinha a baliza totalmente aberta. Rui Jorge não fala em medalhas No final da partida, o selecionad­or Rui Jorge revelou a sua satisfação pela conquista do primeiro lugar, mas quando confrontad­o com a possibilid­ade de garantir uma medalha, o técnico preferiu ser modesto.

“Estamos felizes pela passagem aos quartos-de-final e o objetivo passa por tentar fazer o melhor possível. Estamos a um jogo de poder disputar o jogo das medalhas e é nisso que nos vamos concentrar agora. Esta partida já foi um pouco vivida em função da próxima, pela gestão que fizemos, e agora é pensar nesse jogo”, referiu.

Gonçalo Paciência, melhor marcador de Portugal com três golos, optou por idêntico discurso. “Conquistar uma medalha passa pela cabeça de qualquer pessoa, mas o nosso objetivo principal eram os quartos-de-final e conseguimo­s. Agora é pensar no próximo jogo, não apontamos às medalhas mas apontamos a ter uma grande atitude no próximo jogo e a dar tudo”, salientou o avançado do FC Porto, que fez o gosto ao pé nos três jogos que a turma das quinas realizou até ao momento.

Refira-se que no outro jogo do grupo, a Argentina acabou por ser surpreende­ntemente eliminada, ao empatar (1-1) com as Honduras, num jogo com três grandes penalidade­s, mas só uma concretiza­da, pelas Honduras.

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Portugal sentiu dificuldad­es contra a Argélia, mas Gonçalo Paciência conseguiu fazer o gosto ao pé

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