Diário de Notícias

Nélson Oliveira pedalou para o diploma. Alexis iguala Yokochi

Ciclista português terminou em sétimo no contrarrel­ógio. Desde 1988 que um nadador nacional não chegava às “meias”

- RUI SALVADOR

Nélson Oliveira conseguiu ontem o sétimo melhor tempo na prova de contrarrel­ógio do Rio 2016, naquele que é o melhor resultado nacional de sempre no “crono” olímpico.

O ciclista natural de Anadia, que é assim premiado com um diploma olímpico, fez uma prova em crescendo. Nélson andou sempre dentro dos quinze primeiros, e a maior rapidez e regularida­de ao longo dos quilómetro­s – fez o melhor tempo do último parcial – valeu-lhe o lugar alcançado.

Num resultado melhor do que o esperado, como assume o próprio, Nélson Oliveira terminou o percurso de 54,5 quilómetro­s em 1:14:15,27 horas, a cerca de dois minutos do vencedor nada surpreende­nte: o suíço Fabian Cancellara.

O resto do pódio também não contém nenhuma surpresa, com o holandês Tom Dumoulin a conseguir a prata e o britânico Chris Froome a chegar ao bronze.

Depois da corrida, Nélson Oliveira era um ciclista satisfeito, mesmo admitindo que não esteve nos seus melhores dias.

“Se calhar o resultado foi melhor do que esperava. Hoje [ontem], principalm­ente ao início, sentia-me lento. É claro que não foi um dos meus melhores dias. O circuito era duro, o tempo também não ajudava, mas foi igual para todos. Estou contente com o sétimo lugar”, afirmou Nélson Oliveira.

O ciclista disse ainda estar “contente com o diploma”, porque “há poucos desportist­as em Portugal que o têm”. “Vou continuar a trabalhar para conseguir chegar às medalhas”, acrescento­u. Alexis volta a surpreende­r Quem represento­u também de forma exemplar a bandeira nacional no dia de ontem foi Alexis Santos. Depois de bater o recorde nacional nos 400 metros estilos, o atleta do Sporting conseguiu a qualificaç­ão para as meias-finais dos 200 metros estilos, que se disputaram durante esta madrugada. Com o 12.º melhor tempo nas eliminatór­ias, o nadador faz um “balanço positivo”. Desde Alexandre Yokochi, em Seul, no ano de 1988, que um nadador português não chegava a uma meia-final na natação.

Na vela, os resultados também foram positivos, com melhorias relativame­nte às regatas de terça-feira. Gustavo Lima, em Laser, foi 15.º na primeira regata e 8.º na segunda, estando agora no 16.º lugar da geral. Já Sara Carmo, em Laser Radial, conseguiu um 18.º lugar na primeira regata e terminou em 13.º na segunda. É 26.ª na geral.

No tiro, depois de já ter sido eliminado na competição de tiro a 10 metros, João Costa falhoua qualificaç­ão para a final de tiro a 50 metros, tendo alcançado novamente a 11.ª posição.

Marcos Freitas, no ténis de mesa, foi eliminado, na madrugada de terça-feira, pelo japonês Jun Mizutani, por 4-2. Mesmo assim, ao cair apenas nos quartos-de-final e terminar em quinto lugar, consegue a melhor classifica­ção portuguesa de sempre em ténis de mesa nos Jogos Olímpicos.

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Ciclista português gastou mais dois minutos do que o medalha de ouro, o suíço Fabian Cancellara
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Alexis Santos terminou as eliminatór­ias na 12.ª posição

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