Diário de Notícias

35 horas obrigam governo a contratar 3621 trabalhado­res

FUNÇÃO PÚBLICA 60 organismos pediram reforço de pessoal. Centeno faz renovações na Educação, chama enfermeiro­s e dá horas extra à justiça

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O regresso às 35 horas de trabalho no Estado gerou necessidad­es nos vários organismos públicos, que pediram a Mário Centeno mais meios para contratar. O governo não divulgou o estudo onde um quarto das entidades da administra­ção central pede mais recursos, mas vai agora garantir mais 3621 empregos na Saúde e na Educação, adiantou o Jornal de Negócios.

Os reforços chegam depois de 60 das 250 entidades públicas terem pedido mais verbas para contratar, agora que o horário de trabalho voltou a encolher. Mas, para já, apenas dois ministério­s terão direito a mais pessoas: a Educação será a área com maior atenção neste reforço, e contará com a renovação dos 2621 contratos a termo certo que terminavam no final deste mês. É referido ainda que algumas das 270 pessoas no regime de requalific­ação vão também trabalhar como assistente­s operaciona­is.

Na Saúde serão contratado­s faseadamen­te mil novos enfermeiro­s para os hospitais. Na Justiça, os reforços serão feitos através de horas extraordin­árias, mostra o memorando sobre o impacto das 35 horas.

Estas medidas previstas no memorando vão custar 19,9 milhões de euros ao Estado. Mas, o ministério de Mário Centeno já fez saber que o reforço de funcionári­os não irá afetar o Orçamento. “Importa referir que este aumento de custos será compensado com alterações orgânicas que geram poupanças nas entidades envolvidas”, referiu o Ministério das Finanças, acrescenta­ndo que, “do ponto de vista financeiro, os impactos anunciados são enquadráve­is no âmbito de uma execução rigorosa”do Orçamento do Estado. A.M.P.

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