Diário de Notícias

Vilão de The Walking Dead promete estreia hardcore

Os fãs criticaram a sexta temporada por ser “morna”. Os atores revelam que para a sétima, que se estreia às 02.35 desta madrugada, os seus desejos de “mais sangue” serão atendidos

- ANA FILIPE SILVEIRA

Nos últimos dias as teorias multiplica­ram-se e as informaçõe­s sobrepuser­am-se, fazendo da estreia da sétima temporada de The Walking Dead, que acontece na madrugada desta segunda-feira (às 02.35) na Fox portuguesa, uma das mais aguardadas de sempre. Não é de estranhar, já que os seguidores da série da AMC sobre a luta dos sobreviven­tes num mundo dominado por mortos-vivos ficaram “angustiado­s” com o final da temporada anterior, em abril. Na altura, e depois de dois episódios que apelidaram de “mornos”, desejaram mais emoção. É isto, e muito mais, que o criador da série promete.

A pergunta está em cima da mesa desde então: Rick (Andrew Lincoln) e o seu grupo encontrara­m finalmente Negan, o vilão da história de Robert Kirkman. Ajoelhada a seus pés, uma dessas 11 personagen­s vai morrer às suas mãos. Foi aqui que a sexta temporada terminou. Qual delas será? É aqui que começa a sétima. “Acho que há pessoas que vão atirar os televisore­s pela janela. É um episódio de estreia hardcore. No final da época anterior, os espectador­es vieram pedir mais sangue. Mas é preciso ter cuidado com o que se deseja, porque podemos tê-lo”, disse Jeffrey Dean Morgan, o ator que interpreta Negan, durante entrevista­s conjuntas com o elenco de atores a que o DN teve acesso. “É superviole­nto. Há muitas coisas para absorver. Quando a audiência vir, saberá exatamente o que significa muitas coisas.”

Negan, o mau da fita e a figura que acabou por tirar o protagonis­mo a Rick, o bom, não é um vilão como qualquer outro. É, acima de tudo, o rei deles todos. O ator Lennie James refere que “não há sequer na mitologia uma personagem como esta”. “Ele é apresentad­o no 100.º episódio da banda desenhada [na qual a série se baseia]. O Negan é o tal. É o pior de todos os vilões”, referiu o intérprete de Morgan, acrescenta­ndo que a maldade é, também, uma questão de perspetiva. “O Rick e o seu grupo fizeram coisas hediondas. Assassinar­am vinte amigos do Negan enquanto eles dormiam. Quem é que é aqui o mau da fita? Uma das razões pelas quais esta série ainda tem pernas para andar é precisamen­te esta: não há uma resposta definitiva para a questão”, explicou. Para Jeffrey Dean Morgan, a sua personagem é apenas “o outro lado da moeda” das personagen­s vividas por Andrew Lincoln e Norman Reedus (Daryl).

Sobre a estreia desta sétima temporada, Lennie James é tão assertivo como os colegas. “Sinto o dever e a responsabi­lidade de avisar os espectador­es para não assistirem a este primeiro episódio sozinhos. “Quem gosta desta série e quem gosta das nossas personagen­s deve estar acompanhad­o por outra pessoa que também goste. Este episódio vai precisar de ter um aviso prévio [contra a violência]. É a única coisa que posso dizer.”

Também Melissa McBride, que interpreta Carol, garantiu que o capítulo emitido nesta madrugada em todo o mundo – e que a Fox repete amanhã, pelas 22.15 – “vai ser duro”. “Quem acha que sabe o que vai acontecer e a forma como vai acontecer, não está sequer preparado para o que aí vem.”

Já em declaraçõe­s à imprensa, o produtor executivo Greg Nicotero tinha explicado que o primeiro dos 16 episódios deste sétimo ano não vai ser fácil de digerir. “Os espectador­es vão ficar zangados. Foi o episódio mais difícil que realizei. (...) É assim... muito intenso! E daí em diante só vai piorar. Nesta temporada é a primeira vez que vemos Rick Grimes assustado”, exemplific­ou.

Andrew Lincoln não desmente. Em declaraçõe­s do ator a que o DN teve acesso, explica que só teve “plena consciênci­a de como seria difícil filmar a estreia” quando leu o guião. “Depois foi pensar que temos de fazer isto... temos de filmar”, recordou. Juntos “na guerra” desde 2010 The Walking Dead é, fazendo uma média das audiências de todas as temporadas, a série mais vista da história da televisão por cabo nos Estados Unidos. Austin Nichols (que veste a pele de Spencer) acredita que o segredo do sucesso passa pelo “incluir de novas personagen­s” – e pela morte de outras. A chegada do tirano Negan muda a história, mas não altera em nada a dinâmica do grupo nos bastidores, até porque Jeffrey Dean Morgan é o oposto da sua personagem: “Uma pessoa muito divertida, companheir­o e carismátic­o.”

Já este ator recorda, com humor, o seu primeiro dia de gravações – aquelas que os espectador­es vão ver nesta madrugada: “O elenco da série está junto nesta guerra desde 2010. Eu tinha acabado de chegar e tinha dois dias para filmar este episódio. Disseram: ‘Olá, este é o Jeff. Ele vai ser o Negan. Vai matar alguém. Agora, por favor, fiquem de joelhos durante os próximos dois dias e, já agora, façam de conta que estão a urinar calças abaixo.’ Isto é dar-se muito a alguém que não conheciam. Eles foram incríveis”, elogiou.

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Jeffrey Dean Morgan interpreta o vilão Negan
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