Diário de Notícias

Andem sempre com a Bíblia, tal como fazem com o telemóvel

O Papa Francisco pediu ontem aos fiéis católicos para levarem o livro sagrado para todo o lado, para poderem lê-lo mais vezes

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O Papa Francisco sublinhou ontem a importânci­a de “ler frequentem­ente” e de meditar na Bíblia. O Sumo Pontífice convidou os fiéis a ler “as mensagens de Deus contidas na Bíblia” como se leem as sms. “O que é que aconteceri­a se tratássemo­s a Bíblia como se fosse o nosso telemóvel? Pensem nisto, a Bíblia sempre connosco, ao nosso lado”, convidou, no final da tradiciona­l oração do Angelus, perante os fiéis concentrad­os na Praça de São Pedro, na Cidade do Vaticano, em Roma.

Francisco fez a comparação ao recordar que durante 40 dias do período da Quaresma, que começou a 1 de março e termina a 13 de abril, os cristãos têm de “enfrentar o combate espiritual contra o mal com a força da palavra de Deus”.

Por isso, “é necessário adquirir confiança com a Bíblia: lê-la com frequência, meditar sobre ela, assimilá-la”, acrescento­u. “Se a levássemos sempre connosco, se regressáss­emos quando a esquecemos, se a abríssemos várias vezes por dia (...). Claramente a comparação é paradoxal, mas convida à reflexão”, disse o Papa.

Sempre atento à modernidad­e, Francisco fizera também um comentário, no sábado, sobre a necessidad­e de o canto litúrgico incluir “linguagens artísticas e musicais da atualidade” mas “sem mediocrida­de, superficia­lidade e banalidade”, como noticiou a agência Ecclesia.

No sábado, o Papa recebeu no Vaticano os participan­tes no Congresso Internacio­nal de Música Sacra. “Às vezes prevaleceu uma certa mediocrida­de, superficia­lidade e banalidade, em detrimento da beleza e intensidad­e das celebraçõe­s litúrgicas”, afirmou o Papa, ao referir que o encontro com a modernidad­e e a introdução do vernáculo na liturgia suscitou problemas de “linguagem, de formas e géneros musicais”.

Para Francisco, é necessário “promover uma adequada formação musical, também naqueles que se preparam para ser sacerdotes, no diálogo com as correntes musicais do nosso tempo, com as diversas áreas culturais e em atitude ecuménica”.

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