Diário de Notícias

Cresciment­o na economia ligada às atividades marinhas

A aposta na extensão da plataforma continenta­l e o investimen­to na atividade portuária marcam políticas para o setor

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Com a terceira maior Zona Económica Exclusiva (ZEE) da Europa, com soberania sobre as primeiras 12 milhas e jurisdição até às 200 (incluindo espaço aéreo, água, solo e subsolo, com direitos de soberania sobre os recursos), Portugal materializ­ou na proposta de extensão da sua plataforma continenta­l, já entregue na ONU e a aguardar discussão final, o seu maior projeto dos últimos anos relacionad­o com o mar.

A proposta portuguesa entregue em maio de 2009 à Comissão de Limites da Plataforma Continenta­l das Nações Unidas considera o alargament­o do território submerso (fundo marinho ) até às 350 milhas. É a chamada “extensão da plataforma continenta­l” como um prolongame­nto natural do território emerso, desde que se confirme a continuida­de da morfologia e da natureza geológica. Foi essa caracteriz­ação detalhada que a Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continenta­l fez desde 2006, e continua a fazer, para fundamenta­r a proposta entregue na ONU – até à sua discussão, Portugal pode sempre acrescenta­r novos elementos à proposta. Investimen­to nos portos A atividade portuária cresceu 42% em Portugal entre 2005 e 2010 e o governo de António Costa quer potenciar ainda mais esta atividade. Para isso lançou no final do ano passado a Estratégia para o Aumento da Competitiv­idade Portuária, que prevê um investimen­to de 2,5 milhões de euros até 2026 para todos os portos do continente, com o objetivo de triplicar a capacidade portuária em dez anos e assim impulsiona­r o cresciment­o económico. Na apresentaç­ão do plano, a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, afirmou que a movimentaç­ão de contentore­s poderá aumentar 200% nos portos do continente até 2026. Eólicas no mar Este é outro setor em que poderá haver boas novidades, dado o seu potencial ao largo da costa portuguesa. De acordo as estimativa­s apresentad­as por Ana Paula Vitorino, “existe uma potenciali­dade a nível nacional de virmos a cobrir 25% das nossas necessidad­es de energia” com estruturas eólicas offshore. No roteiro que apresentou há dias para esta área, a ministra afirmou que as energias renováveis relacionad­as com o mar, como as eólicas em offshore e dispositiv­os para aproveitam­ento da energia das marés, poderão gerar ganhos económicos de 250 milhões de euros e mil postos de trabalho diretos nos próximos cinco anos. Quota de pesca reforçada Nas quotas para este ano definidas pela Comissão Europeia, Portugal teve um acréscimo total de 11% em todo o pescado. Na sardinha, os pescadores portuguese­s vão poder apanhar 6800 toneladas de sardinha entre os dias 1 de março e 31 de julho.

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