Diário de Notícias

Lisboa faz charme em Cannes para conseguir investidor­es

Presidente da câmara apresenta projeto para tentar levar famílias da classe média para Lisboa e reabilitar edifícios da autarquia. Rendas não ultrapassa­rão os 450 euros

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CARLOS FERRO, em Cannes Apartament­os de qualidade, em zonas centrais de Lisboa, e rendas não superiores a 450 euros. Estas foram as ideias centrais das ações de promoção do Programa da Renda Acessível que Fernando Medina (presidente da autarquia) e Paula Marques (vereadora com o pelouro da Habitação e Desenvolvi­mento Local) lideraram durante a manhã de ontem na que é considerad­a a maior feira europeia de imobiliári­o que termina hoje em Cannes (França).

Uma ação de charme num dos locais onde marcam presença alguns dos maiores promotores imobiliári­os internacio­nais e junto dos quais a autarquia fez questão de anunciar este projeto e as qualidades de Lisboa como cidade de “acolhiment­o”, nas palavras do presidente da câmara.

A grande aposta da autarquia para aumentar a população em algumas das áreas mais centrais da cidade – que tem perdido população nos últimos anos, estimando-se que vivam na capital cerca de 500 mil pessoas atualmente – passa por criar um projeto em que os investidor­es terão de garantir que uma parte dos apartament­os construído­s ou reabilitad­os não podem ter rendas superiores a 450 euros, sendo que o mínimo a pagar mensalment­e rondará os 250 euros. As projeções apontam para que no final das 15 concessões se possam construir/reabilitar cerca de sete mil apartament­os.

Para conseguir tal objetivo a autarquia cede a quem ganhar os concursos públicos internacio­nais, a realizar para cada um dos projetos, os terrenos ou edifícios que tem nas 15 áreas escolhidas (ver infografia). “São zonas dispersas da cidade,

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