Sonae aposta no estrangeiro e admite fusão da Worten
Paulo Azevedo afirma que réplica do negócio da Sportzone “não é impossível”
O modelo de negócio que deu origem à fusão da Sportzone com a multinacional britânica JD Sports e criou a segunda maior retalhista ibérica pode ser replicado na Worten. A garantia foi dada ontem pelo CEO da Sonae durante a apresentação das contas anuais do grupo. Paulo Azevedo sublinhou que não existe, para já, qualquer “solução com valor acrescentado que pudesse merecer a análise”, mas admitiu que o cenário “não é impossível”.
Ângelo Paupério, presidente executivo do grupo, sublinhou que a aposta da retalhista na internacionalização “é para continuar” e que a ambição “não se esgota” na Península Ibérica. O responsável declarou-se “muito entusiasmado com o crescimento e valor” da fusão no ramo desportivo. A parceria entre a Sportzone e a JD Sports “praticamente duplica o volume de negócios” naquele segmento, sublinhou, e torna a Sonae nu “player com massa crítica, rentabilidade e capacidade de crescimento, num patamar distinto daquele em que estava a jogar sozinha”.
Paulo Azevedo lembrou que “internacionalizar e crescer com pou- co dinheiro era difícil, mas com a diversifica- ção, as parcerias, a ala- vancagem e o reforço de ativos foi possível”. O grupo chegou a 17 novos mercados no ano passado e já marca presença em 89 países. Os planos de expansão para 2017 incluem a entrada da Salsa em Itália e um “grande reforço” em Espanha e França, bem como a chegada da marca de moda infantil Losan aos Estados Unidos.