“Renato tem sido utilizado e para mim é suficiente”
Santos fala da necessidade de vencer a Hungria e defende o médio do Bayern, que tem apenas 87 minutos em 2017
O selecionador nacional Fernando Santos voltou a convocar Renato Sanches para o jogo a doer com a Hungria e para o amigável com a Suécia, apesar de o médio estar com problemas para se impor no Bayern Munique, ao ponto de em 2017 ter apenas alinhado durante 87 minutos repartidos por cinco encontros, tendo sido suplente não utilizado noutras cinco partidas.
Quando sucedeu a Paulo Bento, Santos deixou um aviso de que quem não jogava no seu clube teria poucas hipóteses de ser escolhido por si. Confrontado com esta ideia, o selecionador explicou por que chamou o antigo jogador do Benfica: “O Renato tem sido chamado aos 18 convocados do Bayern, com uma exceção devido a gripe. Tem sido utilizado várias vezes ao longo do jogo. Isso para mim é suficiente.”
Se recuperarmos as palavras da altura em que assumiu a seleção nacional percebemos que as suas ideias são as mesmas. “Para mim, há um princípio fundamental: um jogador que não está a jogar é muito difícil chegar à seleção nacional. Aqueles que estão a jogar, mesmo que não seja os 90 minutos, têm condições de vir à seleção”, referiu a 4 de outubro de 2014.
Aliás, o meio-campo de Portugal tem elementos que não são titulares indiscutíveis nos seus clubes. Renato Sanches é o caso mais gritante, contudo, João Moutinho no Mónaco e João Mário no Inter de Milão, apesar de utilizados com frequência, não têm sido opções regulares para o onze inicial. Quatro regressos O encontro com a Hungria de dia 25 na Luz é de crucial importância para Portugal continuar a depender só de si tendo em vista o apuramento direto para o Mundial 2018. Para este jogo, mais o amigável com a Suécia a realizar três dias depois na Madeira, Fernando Santos, em relação à última convocatória, deixou de fora os lesionados Adrien e Nani e ainda Antunes, por opção.
Para colmatar estas ausências, o selecionador promoveu os regressos dos laterais Cédric e Eliseu, do central Pepe e ainda de João Moutinho, isto se tivermos como paralelo o encontro com a Letónia em novembro passado. A presença do defesa do Southampton pode ser lida à luz dos problemas físicos de Nélson Semedo e que, segundo o selecionador, “não são impeditivos” de ser utilizado diante da Hungria.
“Portugal depende de si próprio exclusivamente. Tem de vencer todos os jogos que realizar. Temos de vencer este e os seguintes para que depois aqui com a Suíça seja o jogo decisivo, com Portugal a ter todas as condições de ser primeiro classificado do grupo. Este jogo é, seguramente, mais uma final. A Hungria é um dos adversários diretos. De certeza absoluta que os jogadores estarão altamente concentrados e focados nesta questão, neste jogo com a Hungria”, analisou Fernando Santos, sem esquecer o empate com os magiares no último Europeu.