O Canelas jogou, perdeu e um árbitro furou o boicote da APAF

Sob forte aparato policial o jogo decorreu com normalidade. No final Fernando Madureira fez uma oferta

BRUNO PIRES O jogo entre o Maia e o Canelas, a contar para a Divisão de Elite da Associação de Futebol do Porto (AFP) acabou por se realizar, com a arbitragem de Rui Oliveira, que não acompanhou o boicote desejado pela associação da classe.

Rui Oliveira apitou a partida, apesar do veto aos jogos do Canelas por parte da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) depois da agressão do jogador do Canelas Marco Gonçalves ao árbitro José Rodrigues, fez ontem uma semana. A decisão de Rui Oliveira foi condenada por Luciano Gonçalves, presidente da APAF, que ontem, em entrevista ao DN, tinha garantido que os árbitros da AF Porto estavam todos unidos e solidários no objetivo de

O árbitro Rui Oliveira em diálogo com Fernando Madureira não arbitrar. “É inadmissível o que aconteceu. Esse senhor é tudo menos árbitro e só está à procura de protagonismo. Não faz sentido que tenha furado um boicote que foi feito para lutar pela segurança da classe”, disse o dirigente à Lusa.

Num estádio com cerca de 500 espectadores – uma assistência exponenciada pelos últimos acontecimentos –, os olhos estavam todos postos nas duas equipas visitantes – a de arbitragem e a do Canelas. Nas bancadas, entre outros, estava Nélson Sousa, advogado de Marco Gonçalves, e Lourenço Pinto, presidente da AFP, que abandonou o estádio cerca de 20 minutos antes do final do encontro sem mostrar qualquer disponibilidade para falar aos jornalistas.

Num jogo que decorreu sem sobressaltos, o Maia venceu por 3-1 e impôs a segunda derrota ao Canelas nesta fase da prova.

No final manteve-se o clima de tranquilidade, com as equipas a cumprimentarem-se e os jogadores do Canelas a aplaudirem todos os adeptos presentes.

Fernando Madureira, capitão do Canelas e líder dos Super Dragões, ofereceu a camisola ao advogado de Marco Gonçalves, Nélson Sousa, que se encontrava na bancada dos adeptos do Maia.

O mesmo Fernando Madureira falou aos jornalistas para fazer fortes acusações e condenar a polémica que se instalou: “Isto é tudo para atacar os Super Dragões e o FC Porto. Deverá haver mais árbitros para apitar e para a semana tudo voltará ao normal. Percebo a atitude da APAF, como percebo a do árbitro. Logo no início dei-lhe os parabéns pela coragem.”

Fernando Madureira aproveitou ainda para se pôr ao lado da APAF na exigência de policiamento obrigatório em todos os encontros tutelados pelas associações distritais. “Espero que sejam feitas novas leis e medidas para que haja policiamento, passando então essas tais 43 agressões que já se verificaram para o menor número possível”, concluiu o mediático capitão do Canelas. Com LUSA