Exposição interativa Um Oceano sem Plástico chegou a Portugal e fica até 15 de agosto. Segue para Valeta, Génova e Bruxelas
do Mar, Fausto Brito e Abreu, a prioridade “é tirar plástico do mar. A prevenção é fundamental, mas ao mesmo tempo temos de tirar o plástico que já está nos mares”. Por isso, o responsável admite que as soluções que venham da biotecnologia e da investigação “são importantes”.
No entanto, também ainda há muita investigação para fazer e conhecer o impacto dos microplásticos. A própria União Europeia lançou há duas semanas “dois estudos que têm como objetivo um conhecer os microplásticos intencionalmente utilizados em produtos e, o outro, sobre a libertação dos microplásticos para o ambiente”, aponta João Aguiar Machado, diretor-geral dos Assuntos do Mar e da Pesca da Comissão Europeia.
A nível europeu, a Comissão refere também que há objetivos como “em 2025 queremos que 55% dos plásticos reutilizados sejam reciclados, também temos a meta da redução do lixo marinho no oceano em 2030, não apenas para os plásticos, mas para todo o lixo”, acrescenta o responsável europeu.
Uma das formas de conseguir reduzir os dez milhões de toneladas de lixo que todos os anos são despejados nos oceanos é fazer, por exemplo, um piquenique sustentável, como o que foi promovido ontem. Na cesta de vime, Rosália Vargas, presidente da Ciência Viva, trouxe feijão cozido e ovo cozido, tortilha de algas, alface lavada sem tempero, morangos e água numa garrafa de vidro. Tudo chegou também em recipientes de vidro ou de papel, os guardanapos são de pano e o pão e a fruta vieram em taleigos. “Dá trabalho, mas de facto é tudo muito melhor”, admite. “Devemos claro reciclar os plásticos que usamos, mas se pudermos evitar logo à partida usálos é o ideal e temos obrigação de transmitir essa mensagem aos mais novos”, acrescenta a responsável da Ciência Viva, local onde está a exposição Um Oceano sem Plástico, da ONG Plastic Change e do Aquário Nacional da Dinamarca, sobre o impacto dos plásticos na vida marinha e que recebeu o apoio do Departamento de Estado dos EUA para se tornar itinerante.