RESTAURANTE VELHO MIRANTE GANHA NOVA VIDA
Considerado um ex-líbris da vila da Pontinha, o restaurante Velho Mirante foi reinaugurado no passado dia 24 de março
AS INSTALAÇÕES SÃO CONFORTÁVEIS E ACOLHEDORAS INCLUINDO SALA COM LAREIRA, PÁTIO PARA RELAXAR, ENQUANTO SE TOMA UMA BEBIDA, E SALA NOBRE PRÓPRIA PARA EVENTOS, NO PISO SUPERIOR
Situado no centro da vila, num edifício do século XVIII, apresenta uma decoração renovada e cuidada, mas mantém o aspeto rústico e o ambiente de “tasca típica” que sempre o caracterizou. A ementa é baseada numa boa variedade de cozinha tradicional portuguesa e aposta em preservar a memória do Velho Mirante com uma oferta de qualidade. As instalações são confortáveis e acolhedoras incluindo sala com lareira, pátio para relaxar, enquanto se toma uma bebida, e sala nobre própria para eventos, no piso superior.
O edifício do Velho Mirante tem origens ainda não completamente esclarecidas, mas tornou-se, na segunda fase da história da Pontinha, iniciada em meados do século passado, no autêntico ex-líbris da freguesia. Fala-se que, em tempos idos , o Velho Mirante terá sido um ponto de paragem da Malaposta.
Para além do facto de este edifício estar situado numa zona que corresponderá à antiga Quinta da Pontinha, existente, pelo menos, desde 1622, o mais importante é que ele constitui a referência por excelência dos habitantes da freguesia, ao ponto de integrar o brasão da Junta de Freguesia da Pontinha e estar bem no coração da vila. Imponente, dominador, preservando uma memória centenária que quase desapareceu na freguesia, com o seu pórtico de ferro majestoso e castelão, é um espaço com pátio traseiro, arcadas altas e cantarias de origem, traves em madeira e um perfume de séculos passados. Argolas para prender o cavalo à porta, com armários de madeira embutidos, logo ao lado, o que sugere que, noutros tempos, talvez, tivessem servido para guardar os arreios. No século XIX ainda se falava em “mirante”, atendendo à vista que proporcionava sobre a zona, estando hoje o Velho Mirante praticamente submerso pelos edifícios circundantes. Em 2005, por uma boa decisão da Assembleia Municipal de Odivelas foi considerado, por unanimidade, Imóvel de Interesse Municipal.