Erdogan Queixa de falta de apoio da UE

TURQUIA Recep Tayyip Erdogan iniciou a sua intervenção na 72.ª Assembleia Geral da ONU a dizer que “infelizmente, a paz global e a estabilidade regrediram ainda mais desde o nosso encontro nesta sala no ano passado”, referindo-se ao “terrorismo e guerra em diferentes cantos do mundo”, mas também “às ações violentas de correntes radicais que convergem na xenofobia, no racismo cultural e na animosidade contra o islão”.

Como esperado, o presidente turco falou da situação na vizinha Síria, recordando que Ancara tem “feito todo o tipo de esforços políticos e humanitários para resolver o problema, e continuaremos a fazê-lo”. Um desses

Temer foi o primeiro a falar esforços é o acolhimento de refugiados sírios. “Mas gostaria de sublinhar que não recebemos apoio suficiente da comunidade internacional, especialmente da União Europeia, pelos esforços que temos levado a cabo”.

Erdogan defendeu rohingyas

Erdogan aproveitou também o palco das Nações Unidas para pedir mais uma vez ao governo regional do Curdistão iraquiano para cancelar o seu planeado referendo independentista, alertando para uma possível nova crise na região.

Sobre a crise dos rohingya, que têm fugido da Birmânia para o Bangladesh para evitar ataques que Erdogan apelidou de “quase uma limpeza étnica”, o líder turco apontou o dedo à comunidade internacional, dizendo que esta falhou mais um teste, como já o tinha feito na Síria. E sublinhou que se estes ataques não forem parados, deixarão “uma mancha negra” na humanidade.