Extremo argentino Cristian Pavón é a prioridade de Jesus para janeiro
Interesse no futebolista do Boca Juniors não é novo e a sua contratação afigura-se complexa, principalmente após a estreia como internacional e dos elogios públicos de Lionel Messi. Leões só avançam se fizerem vendas
Cristian Pavón é o futebolista eleito por Jorge Jesus para reforçar o Sporting na reabertura do mercado em janeiro, apurou o DN junto de fonte próxima do treinador.
O extremo do Boca Juniors é um desejo antigo e foi alvo de intensas trocas de informações no último defeso quando o seu preço estava situado numa verba a rondar os 15 milhões de euros pela totalidade dos seus direitos económicos. Nos últimos dias, contudo, as coisas mudaram um pouco, pois o futebolista de 21 anos foi chamado à sua seleção, tendo-se estreado com a Rússia, ao render o benfiquista Salvio aos 78 minutos, e jogado de início na terça-feira diante da Nigéria. Ou seja, na última semana, Pavón representou pela primeira vez a Argentina, entrou no radar do selecionador Jorge Sampaoli tendo em vista o MunCom dial e não deixou o seu capitão indiferente. Esse mesmo, Lionel Messi: “Pavón pode ser um jogador muito importante para a nossa seleção pelas características que tem. Não é apenas rápido, também decide muito bem.”
Com uma evolução contínua, o Boca Juniors precaveu-se e conseguiu renovar o contrato de Pavón até 2022. A sua cláusula de rescisão está cifrada em 25 milhões de euros, mas em Alvalade acredita-se que é possível convencer o Boca Junior a baixar as suas pretensões.
Para fazer face ao encargo, o Sporting pode recorrer a um investidor que se revele capaz de assumir uma parte do negócio. Não estamos a falar de uma entidade individual ou coletiva que possa ficar com parte do passe do argentino, situação agora proibida pela FIFA, mas de um investidor que possa ser ressarcido aquando da venda do argentino ou então a que o Sporting possa pagar estendido no tempo com uma taxa de juro. Um dos trunfos leoninos a apresentar junto do jogador tem que ver com a valorização que pode ter nas mãos de Jorge Jesus. Há vários exemplos, entre eles o do argentino Di María para já não falar do testemunho que Acuña poderá transmitir ao seu compatriota, peçachave neste processo, pois a sua vontade será determinante.
a reintegração de Bryan Ruiz, o Sporting fica com três jogadores para as alas do ataque – o costa-riquenho, Acuña e Gelson –, muito embora Bruno César e Podence possam fazer a posição. Falta mais um extremo de raiz e Pavón é o desejado, de tal forma que o Sporting só vai avançar para outras possibilidades depois de esgotar todas as hipóteses de contratar o inflacionado argentino.
Há uma condição rígida para que o Sporting tente de uma forma assertiva a aquisição de Pavón. Terá de fazer dinheiro em janeiro com vendas – mesmo que consiga a participação de um investidor.
Iuri Medeiros não convenceu Jorge Jesus e é um jogador que o Sporting não enjeitará transferir a título definitivo. Essa decisão está tomada e a menos que algo de completamente inesperado aconteça, o açoriano vai deixar Alvalade em janeiro; se não for em definitivo pelos números que o Sporting quer, será na condição de emprestado.
Outro jogador em quem Jesus continua a acreditar mas não se importa de prescindir em nome do equilíbrio do plantel é Alan Ruiz. O esquerdino tem pretendentes, não saiu no verão porque o treinador opôs-se frontalmente, mas o tempo vai passando e Alan Ruiz mantém as mesmas dificuldades em inserir-se na dinâmica coletiva da equipa, pese embora o talento que exibe.
Para além do dinheiro a fazer, finalmente há um futebolista do atual plantel leonino que pode ajudar a baixar a operação: Jonathan Silva. O Boca Juniors quer o regresso do lateral, mas oferece apenas três milhões ao passo que o Sporting quer o dobro. Neste ponto há um cruzamento de interesses que pode favorecer os leões.
Assim, pesando os vários fatores, percebemos que estamos na presença de um negócio deveras complicado, mas importa referir que Pavón é o grande sonho de Jesus para janeiro e, dentro de determinadas balizas, Bruno de Carvalho tudo fará para satisfazer este desejo do treinador, principalmente se nessa altura os leões estiverem posicionados de maneira a discutirem o título nacional, o grande objetivo da temporada desportiva, que foge ao clube de Alvalade vai para 16 anos.
Pavón estreou-se como internacional argentino ao render Salvio aos 78’ do jogo com a Rússia. No final recebeu os elogios de Messi