Autoeuropa. Novo horário votado na quarta-feira
AUTOMÓVEL Fábrica de Palmela passa a funcionar todos os dias em agosto. Trabalhadores garantem duas folgas consecutivas
Os mais de 5000 trabalhadores da Autoeuropa vão votar na próxima quarta-feira o novo acordo para o horário de trabalho da fábrica. Se o documento for aprovado, a fábrica de Palmela vai passar a funcionar todos os dias a partir de 20 de agosto, depois das férias. Esta é a resposta da unidade portuguesa do grupo Volkswagen para responder à elevada procura que o veículo utilitário desportivo T-Roc tem.
A garantia de dois dias de folga consecutivos para os operários é a principal novidade do pré-acordo anunciado na segunda-feira entre a comissão de trabalhadores (CT) e a administração e que será apresentado amanhã em plenário.
Os empregados estarão na fábrica cinco dias por semana, com sábados e domingos incluídos. Estes dias serão pagos como um dia de trabalho normal, detalhou o coordenador da CT, Fernando Gonçalves, em declarações ao DN/Dinheiro Vivo. Inicialmente, o vencedor das eleições para a CT pretendia que estes dias fossem pagos como se fosse um dia de trabalho extraordinário.
O novo acordo implica também que os operários trabalhem, no limite, três sábados por mês, ao contrário da versão chumbada no final de julho e que levou à demissão da CT anterior. No documento anterior só existiam dois dias de descanso consecutivos de três em três semanas.
A Autoeuropa congratulou-se com este pré-acordo, que “espera que defenda a empregabilidade da fábrica e consiga cumprir com o elevado volume de encomendas previstas para o ano”. A fábrica conta produzir 240 mil carros em 2018 e poderá contratar, no próximo ano, mais 400 pessoas do que estava previsto, para responder ao aumento do volume de encomendas registadas nos últimos meses. Também está previsto o reforço do investimento na área da pintura.
Até agosto, a Autoeuropa vai montar 860 carros por dia de segunda a sexta-feira, um novo recorde de produção diário. A fábrica também tem funcionado em alguns sábados, que têm sido pagos como dia extraordinário de trabalho, indicou Fernando Gonçalves. DIOGO FERREIRA NUNES