Diário de Notícias

Day-Lewis, Meryl Streep e Hanks fora dos SAG

Comédia Amor de Improviso volta a estar na rota dos Óscares. Pesos-pesados de fora

-

Amor de Improviso com várias nomeações importante­s

RUI PEDRO TENDINHA Ao contrário dos Golden Globes, os atores da guilda SAG (Screen Actors Guild), cerca de 2500, não veem filmes na véspera nem votam em cima da hora. Talvez por isso, aconteçam aqui mais surpresas e haja menos respeitinh­o com as previsões da imprensa. De forma crescente, os SAG são os prémios que mais influencia­m os Óscares no que diz respeito aos atores.

Estas nomeações, conhecidas ontem, mostram que filmes como Todo o Dinheiro do Mundo, de Ridley Scott, The Post, de Steven Spielberg, e Linha Fantasma, de P.T. Anderson, não foram suficiente­mente vistos pelos membros da SAG. Só assim se compreende a sua completa omissão.

Porém há surpresas. Amor de Improviso, de Michael Showalter, teve nomeações importante­s e justas. Holly Hunter está nas atrizes secundária­s e todo o elenco está nomeado para a categoria de melhor elenco. Outra das surpresas passa pela força como o filme de terror Foge, de Jordan Peele, está nomeado: melhor elenco e melhor ator (Daniel Kaluuya).

De resto, o grande vencedor nesta lista vem da 20th Century Fox com o maravilhos­o Três Cartazes à Beira da Estrada, de Martin McDonagh. Nos SAG, Woody Harrelson conseguiu ser nomeado para melhor ator secundário, na sua transcende­nte interpreta­ção de polícia moribundo, ao contrário do que tinha acontecido nos Golden Globes, em que apenas houve espaço para o seu companheir­o, o também polícia Sam Rockwell.

Com a ausência de Meryl Streep (The Post) e de Kate Winslet (Roda Gigante), Judi Dench conseguiu facilmente entrar para a lista, em que Sally Hawkins em A Forma da Água e Saiorse Ronan em Lady Bird, são as grandes favoritas.

Nos atores, poucas surpresas. Para além do esquecimen­to de Daniel Day-Lewis, em Linha Fantasma, de destacar a presença de Denzel Washington em Roman J. Israel, Esq, filme que está a ser recebido friamente pela imprensa americana. Presume-se que o Churchill de Gary Oldman possa ser o grande vencedor, não obstante a competição feroz de Timothy Chalamet em Chama-me pelo Teu Nome, filme em que Michael Sthulbarg e Armie Hammer não conseguira­m nomeações expectávei­s nos secundário­s. Aí não deixa de ser espantosa a presença de Steve Carrel, em Guerra dos Sexos, filme que nunca será visto nos cinemas portuguese­s. Richard Jenkins, em A Forma da Água, também não deixa de surpreende­r com esta nomeação. Seja como for, Willem Dafoe é o nome que todos apontam como vencedor no indie The Florida Project, com estreia confirmada entre nós.

Dia 21 de janeiro estas estatuetas serão entregues e a partir daí vamos começar a perceber quem está mesmo garantido para os prémios da Academia.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal