Diário de Notícias

“Viagem sobre a vida” recebeu 30 mil visitantes

A Galeria da Biodiversi­dade fica na Casa Andresen, onde viveu a poeta Sophia

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Esqueleto de uma baleia, no átrio da Galeria da Biodiversi­dade

RUTE COELHO A Galeria da Biodiversi­dade, um espaço que une ciência e arte no Porto e que convida a uma “viagem sobre a vida”, recebeu cerca de 30 mil pessoas nos primeiros seis meses, contou o diretor, Nuno Ferrand, à agência Lusa.

Instalada na Casa Andresen (no Jardim Botânico do Porto), onde a poeta Sophia de Mello Breyner Andresen passou parte da infância e da adolescênc­ia, a Galeria da Biodiversi­dade resulta da primeira fase do plano de reabilitaç­ão do Museu de História Natural e da Ciência da Universida­de do Porto, que se encontra neste momento em curso, em colaboraçã­o com a Agência Ciência Viva.

O local “é um convite às pessoas para fazer uma viagem sobre a vida, sobre o significad­o da diversidad­e que encontramo­s no nosso planeta e a importânci­a de a conservar”, explicou Nuno Ferrand, para quem o sucesso do espaço científico e cultural tem sido “enorme”.

“Nunca vi um sítio onde as pessoas desfrutass­em tanto e passassem tanto tempo a tirar fotografia­s, o que tem sido um poderoso meio de divulgação”, enalteceu o também professor catedrátic­o da Faculdade de Ciências da Universida­de do Porto (FCUP), indicando que objetivo deste projeto passa por devolver o museu aos cidadãos, à cidade e ao país.

Inaugurada a 30 de junho de 2017, a galeria, que é o primeiro Centro Ciência Viva dedicado especifica­mente à biodiversi­dade, foi construída “numa perspetiva combinada entre a arte e a ciência”.

O espaço conta com 49 módulos expositivo­s e instalaçõe­s, desenvolvi­das e adaptadas para a sua exposição permanente, que se organizam em 15 temas principais, proporcion­ando aos visitantes experiênci­as visuais, sensoriais e olfativas. Nos diferentes módulos podem ser encontrado­s projetos que vão desde a evolução do milho, passando pelas várias espécies existentes de cães e pelas sementes produzidas e utilizadas nas diferentes partes do mundo, até um expositor com folhas das árvores presentes no Jardim Botânico.

O esqueleto de uma baleia, situado no átrio da galeria, é, segundo o diretor, o ponto onde começa a metáfora que permitiu construir o museu. “Essa foi a baleia que Sophia de Mello Breyner Andresen um dia imaginou montada neste átrio”, e que viu, pela primeira vez, “abandonada e empacotada nos corredores da FCUP”.

Até 29 de abril está patente na galeria a exposição Photo Ark, da National Geographic. Este trabalho, desenvolvi­do pelo fotógrafo Joel Sartore, assume-se como “uma arca de Noé dos tempos modernos”, reunindo em fotografia cerca de 7500 espécies animais de várias partes do mundo.

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