Encarnados não conseguiram manter intensidade dos primeiros 45 minutos, mas venceram no Minho sem contestação alguma
Rui Vitória tinha avisado, antes do dérbi com o Sporting, que “a onda benfiquista, quando começa a rolar, é muito difícil de travar”. E depois de uma exibição entusiasmante diante do rival, pese o empate final, os encarnados entraram mandões em Moreira de Cónegos – com Samaris no lugar do castigado Fejsa em relação ao onze do clássico –, a circular a bola a um ritmo elevado e a chegar com facilidade ao último terço.
Não obstante, o Moreirense mostrava-se negligente no momento defensivo, enfrentando os sempre virtuosos atacantes do Benfica em situações de um contra um, sem a preocupação de conseguir superioridade numérica. Perante um cenário de alta intensidade por parte dos visitantes e de imprudência dos visitados, os encarnados dispuseram de várias ocasiões de golo. Krovinovic foi o primeiro a ameaçar inaugurar o marcador (7’ e Jonas esteve perto de o fazer por duas vezes no mesmo lance (12’). Pelo meio, Varela foi obrigado a intervenção apertada para travar um cabeceamento de André Micael (9’).
Depois de um início a todo o gás, foi precisamente numa fase em que os tetracampeões nacionais estavam há vários minutos sem causar perigo e em que os minhotos começavam a soltar as amarras que o golo benfiquista surgiu, numa jogada de envolvimento coletivo que culminou com a finalização de Pizzi, a reencontrar-se com as redes das balizas.
O mesmo Pizzi esteve perto do 0-2 cinco minutos depois de ter aberto as hostilidades, mas viu o inspirado Jhonatan negá-lo. Asneira de Belkaroui tranquilizou A segunda parte começou com mais uma grande defesa do guardião brasileiro, a evitar que Jonas faturasse através de um chapéu (47’). Contudo, o que se viu nos segundos 45 minutos foi essencialmente um Benfica a não conseguir manter o andamento dos primeiros e um Moreirense mais atrevido, muito por culpa das substituições que decorreram ao intervalo: as águias perderam Samaris lesionado e tiveram de se socorrer de um Keaton Parks ainda pouco habituado a estas andanças, enquanto os minhotos aumentaram o pendor ofensivo com a troca de Alan Schons por Ronaldo Peña.
Ainda assim, a formação de Sérgio Vieira – a querer dar sequência a quatro jogos sem perder em todas as provas – apenas por uma vez esteve perto do empate, quando Arsénio cabeceou para enorme defesa de Varela (55’) – interrompeu série de três encontros a sofrer golos na I Liga –, faltando engenho e arte para aproveitar a menor intensidade dos homens de Rui Vitória.
Com o resultado ainda incerto, o técnico benfiquista refrescou a equipa com João Carvalho no lugar de Salvio, acertando na mouche. Foi precisamente o jovem médio a aproveitar uma asneira de Belkaroui, recuperando a bola junto à área adversária e servindo Jonas para o golo da tranquilidade. Continua imparável o brasileiro, que pela primeira vez na carreira marcou em seis jogos seguidos e chegou aos 20 no campeonato.
Brasileiro celebrou um golo pelo sexto jogo consecutivo e fixou o resultado final