Diário de Notícias

Peugeot impõe normalidad­e depois da entrada em falso

Pilotos da marca francesa dominaram a segunda etapa e já mandam na geral dos carros, em que Carlos Sousa é o melhor luso

- RUI FRIAS

Depois de uma entrada em falso, em que nenhum dos seus carros conseguiu entrar sequer no top 10 da primeira etapa, a Peugeot repôs a normalidad­e competitiv­a de um Dakar que se habituou a dominar (seis triunfos em sete participaç­ões). Num ano em que se despede da prova, a marca francesa quer sair de cena no lugar que quase sempre ocupou no rali: no topo. E ontem deixou uma forte demonstraç­ão de que será difícil para a concorrênc­ia evitar essa despedida em beleza, ao dominar o pódio da segunda etapa com três dos seus carros e tomando já de assalto a liderança da geral – resiste apenas o sul-africano Giniel De Villiers, em Toyota, na terceira posição.

Para já, quem marca o ritmo é Cyril Despres, de quem ainda há poucos dias o seu chefe de equipa na Peugeot, Bruno Famin, disse ser o “mais lento” dos quatro pilotos da marca francesa. O antigo motard, que nas duas rodas venceu cinco edições e 32 etapas do Dakar, conseguiu ontem a sua segunda vitória de etapa na competição automóvel, sendo 27 segundos mais rápido do que o seu compatriot­a e colega de equipa Stephane Peterhanse­l, também ele um ex-motard que se tornou o principal campeão do rali, em que detém um recorde de 13 vitórias (seis em motos e sete em carros, entre as quais as duas últimas edições).

Sébastien Loeb, o mítico recordista de títulos (nove) do mundial de ralis em estrada, que procura a sua primeira vitória no Dakar num ano em que já classifico­u de “tudo ou nada”, fechou o pódio da etapa para a Peugeot, que viu apenas o espanhol Carlos Sainz (outro ex-campeão mundial de ralis) atrasar-se um pouco mais e terminar no sexto lugar os 267 quilómetro­s cronometra­dos da especial percorrida nas dunas em volta de Pisco (Peru). De qualquer forma, a marca francesa do leão vai já dominando a paisagem do Dakar, como o fez consecutiv­amente entre 1987 e 1990, ainda em África, e repetiu em 2016 e 2017, já nesta versão sul-americana da prova (só em 2015 a vitória lhe escapou). Sousa 29º, Breyner desiste Entre os portuguese­s, o melhor foi o experiente Carlos Sousa, que neste ano voltou ao Dakar ao volante de um Renault Duster. Terminou em 25.º na etapa e segue em 29.º da geral. Em ritmo certinho segue o treinador AndréVilla­s-Boas (Toyota), que vive o sonho da estreia: depois do 42.º lugar da primeira etapa, marcou um 44.º ontem e segue em 43.º na geral. São eles os dois únicos representa­ntes lusos ainda em prova – Fausto Mota, 72.º nas motos, corre sob bandeira espanhola –, depois de Pedro Mello Breyner ter aumentado a lista de azares com a desistênci­a na categoria de SSV nesta segunda etapa. Barreda manda nas motos Em duas rodas o espanhol Joan Barreda (Honda) conseguiu o 20.º triunfo em etapas e subiu à liderança, ainda à procura da primeira vitória no Dakar.

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Marca francesa que neste ano se despede do Dakar já domina a paisagem competitiv­a deste rali
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