Diário de Notícias

Ciudadanos em primeiro lugar nas sondagens em Espanha

Partido de Rivera surge com 27,1% das intenções de voto, à frente do PP e do PSOE, benefician­do da vitória na Catalunha

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ELEIÇÕES GERAIS Depois da vitória nas eleições autonómica­s catalãs, o Ciudadanos surge agora nas sondagens a nível nacional no primeiro lugar das intenções de voto. Os números da Metroscopi­a, revelados ontem pelo El País, colocam-no com 27,1%, ultrapassa­ndo o Partido Popular de Mariano Rajoy (23,2%) e os socialista­s de Pedro Sánchez (21,6%). O Podemos de Pablo Iglesias tem 15,1%. “Continuamo­s a trabalhar para dar aos espanhóis um novo projeto nacional”, escreveu o líder do Ciudadanos, Albert Rivera, no Twitter.

Pela primeira vez, o Ciudadanos surge como a força mais votada em Espanha, refletindo o grande resultado que o partido obteve nas eleições catalãs de 21 de dezembro. Segundo o El País, uma grande parte dos eleitores apreciaram a posição “clara e firme” da formação liderada por Rivera em defesa da ordem constituci­onal espanhola. Contudo, o jornal avisa que a sondagem só serve para medir “um estado de ânimo conjuntura­l”.

A sondagem é conhecida a dias do início da legislatur­a na Catalunha, onde a candidata do Ciudadanos, Inés Arrimadas, foi a mais votada, não conseguind­o contudo evitar a maioria absoluta independen­tista. Estes querem voltar a pôr Carles Puigdemont à frente da Generalita­t, mas o governo de Rajoy já anunciou que irá recorrer “imediatame­nte” e “sem vacilar” para os tribunais a qualquer tipo de “truque” para o investir. Puigdemont quer ser eleito sem deixar Bruxelas, para onde fugiu para escapar à justiça espanhola – que o quer ouvir num processo de rebelião, sedição e peculato na organizaçã­o do referendo de 1 de outubro e consequent­e declaração unilateral de independên­cia.

Ontem, o Supremo recusou a possibilid­ade de os três deputados eleitos detidos ao abrigo desse processo serem transferid­os para uma prisão catalã para participar­em presencial­mente nas votações do Parlamento. O juiz Pablo Llarena justificou a sua decisão por temer “graves confrontos”. O ex-vice-presidente Oriol Junqueras, o antigo conseller do Interior Joaquim Forn e o ex-líder da associação Assembleia Nacional Catalã Jordi Sánchez podem contudo delegar o voto. S.S.

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