Vitória: “Não faltei ao respeito a ninguém, nem passo limites”

O treinador do Benfica lembrou que não foi ele a começar o episódio do boneco e não aceita ser colocado no mesmo saco de outros técnicos. “Não vale tudo”, atirou

INDIGNAÇÃO

CARLOS NOGUEIRA Indignação. Este é o melhor adjetivo para classificar a forma como Rui Vitória abordou a polémica com Sérgio Conceição, que há uma semana comparou o treinador do Benfica a um boneco – admitiu entretanto que se excedeu e não quis ofenderVitória – quando o acusou de “falta de coerência” na análise que fez à arbitragem e aoVAR após o dérbi com o Sporting.

O treinador benfiquista levantou o tom de voz para expressar a sua revolta. Começou por dizer que não ia responder “a ninguém” e deixou uma certeza: “Este episódio não começou aqui, isso que fique bem claro, e da minha parte termina aqui. Tenho ouvido gente a dizer que deve haver respeito entre os treinadores, mas o que eu pergunto é: eu faltei ao respeito a alguém? Não faltei ao respeito a ninguém e não aceito que me coloquem no mesmo saco de forma leviana. Eu não passo determinados limites!”

Rui Vitória disse depois estar consciente de que é treinador de uma equipa grande, mas apesar disso lembrou que é “uma pessoa normal, que subiu a pulso na carreira, agarrando as oportunidades que apareceram, atingindo quase sempre os objetivos em todos os clubes e deixando amigos em todo o lado”. E, sem se deter, acrescentou: “Sei as responsabilidades que tenho e da minha parte há sempre respeito por todos os treinadores. Não vale tudo. Eu posso ganhar ou perder, como já perdi algumas vezes, mas ninguém me pode apontar que ultrapassei limites.”

O técnico lembrou ter dito há umas semanas que o que estava em causa era “um ataque ao Benfica” e nesse sentido reforçou: “Não faltei e não falto ao respeito a ninguém. Foi assim que já ganhei e é assim que vou ganhar mais vezes. Na minha carreira não pedi a ninguém para estar onde estou.”

A indignação subiu de tom quando questionado sobre se se sentiu ofendido por Conceição. “Parece que estamos a analisar um programa como a Casa dos Segredos, em que se metem jovens com garrafas de vodca, gin e uísque, e no final do dia dizem que houve sexo na casa. Não estamos aqui para induzir as pessoas. Isto não é uma resposta a ninguém, volto a dizê-lo, apenas digo que há limites”, frisou.

“Uma referência” para Abel