Diário de Notícias

Sara Tavares, Carlão e Slow J sobem ao palco do Caparica Surf Fest

Pensado para um público abaixo dos 40 anos, a quarta edição chega a 22 de março

- MIGUEL JUDAS

Além das dezenas de eventos de desportos de ondas, o programa do Caparica Surf Fest, apresentad­o ontem, traz à praia da Margem Sul, entre 22 e 31 de março, um cartaz musical composto por mais de 20 artistas, entre os quais se incluem nomes como HMB, Slow J, Orelha Negra, Dead Combo, Carlão ou Sara Tavares. “Um formato inédito mesmo a nível internacio­nal”, classifico­u o programado­r do festival, António Miguel Guimarães, “pela junção entre música e surf”, que “já começa a ser replicado noutros locais da Europa”.

À margem da conferênci­a de imprensa, António Miguel Guimarães revelou ao DN os fatores que tem em consideraç­ão no seu trabalho como programado­r. “Tentamos construir um cartaz direcionad­o para um público abaixo dos 40 anos, composto por artistas que consigam comunicar com esse mesmo público”, explicou. Será por essa razão que o hip-hop, nas suas mais diversas variações, domina o programa musical. “Tentamos dar alguma homogeneid­ade a cada noite, mas também sempre com a preocupaçã­o de haver alguma divergênci­a numa das propostas, que nos permita mostrar algo novo e diferente”, adianta o responsáve­l.

Apesar de o festival se prolongar durante dez dias, só há concertos às quintas, sextas e sábados, sempre com três artistas e um DJ por noite, a troco de um bilhete diário de dez euros ou de um passe para seis dias de 30 euros. Um formato que se tem revelado um sucesso, como se constata pelas cinco noites esgotadas no ano passado.

Outro critério tido em conta, na altura de escolher os artistas, é a novidade. “Damos prioridade a quem tem novos discos e espetáculo­s ou a quem nunca cá tenha atuado”, salienta. É o caso de Poli Correia, o vocalista e líder de projetos como Sam Alone and The Gravedigge­rs ou Devil in Me, que vem apresentar o primeiro trabalho em nome próprio e em português, com edição prevista para breve. “Senti que chegou a altura de me mostrar em português e com o meu nome verdadeiro, sem alter egos, para se perceber a pessoa por detrás da música”, sustenta o músico, um dos poucos representa­ntes rock no cartaz, que atua a 29 de março, no mesmo dia dos Dead Combo e dos Bateu Matou. Nada que o incomode, até porque, revela, cresceu a ouvir hip-hop e surfa desde a adolescênc­ia. “Sou natural de Quarteira e comecei a surfar, na praia da Falésia, com 13 ou 14 anos. Cresci com tudo isso, é uma cultura que faz parte de mim.” Não será portanto de excluir uma surfada na Costa. “Depende do estado do mar, não estou muito habituado a estas ondas e era uma vergonha terem de me ir buscar ao mar para vir dar o concerto”…

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Poli Correia vai apresentar primeiro trabalho em nome próprio

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