Startups nacionais exploram oportunidades da mobilidade
Negócios. À medida que a mobilidade se torna cada vez mais elétrica, partilhada, autónoma e conectada surgem oportunidades de negócio, desde soluções para novas aplicações para telemóvel a sistemas de carregamento elétrico. É o universo das startups por e
Resolver um problema comum a todos os que querem ter um carro elétrico e receiam não ter adequadas soluções de carregamento é o mote da Movtz, uma startup portuguesa que tem o seu futuro alinhado com a expansão da mobilidade elétrica em Portugal. Esta é uma entre várias empresas que estão a posicionar-se para o novo mundo de oportunidades de negócio gerado pela evolução tecnológica e necessidade de reduzir a circulação automóvel nas cidades com emissões de CO2.
A Movtz nasceu da iniciativa de alunos e ex-alunos do curso de Engenharia Eletrotécnica da Universidade de Coimbra. A sua inovação, para o mercado nacional, reside numa tecnologia pensada particularmente para condomínios residenciais ou empresariais.
Num condomínio onde há vários utilizadores do sistema de carregamento elétrico, como garantir um sistema em que a energia gasta não seja paga por todos, mas só por aqueles que a utilizaram? É a esta pergunta que o fundador da Movtz, Rui Brito e Sousa, responde. “A solução está num equipamento, uma espécie de caixa de controlo, através da qual a tomada é ativada e desativada, fazendo desse modo a contabilização rigorosa da energia utilizada por cada utente, com a respetiva associação à sua fatura energética.”
Os jovens engenheiros eletrotécnicos envolvidos no projeto já têm o protótipo concluído e estão na fase de desenvolvimento do produto, pretendendo começar a comercializar em breve. De acordo com os estudos iniciais, a Movtz espera vender os seus equipamentos a preços que variam entre os 150 euros e 300 euros, dependendo da amperagem necessária.
Porque responde de forma simples a uma falha já identificada no mercado, a Movtz tem atraído parcerias de peso. Primeiro, a Vodafone, que ajudou a fazer o desenvolvimento de raiz do protótipo. Para além de uma parceria tecnológica, a Vodafone contribuiu com a dis- ponibilização de espaço, equipamento e contactos, refere Rui Brito e Sousa.
Nesta fase mais adiantada, a Movtz conta com o apoio da EDP. Até ao momento, o investimento no projeto rondou os 28 a 30 mil euros, já contando com o apoio dos parceiros, explica o fundador.
A empresa acredita estar a contribuir para que mais pessoas adiram à mobilidade elétrica. “Sabemos que há muita gente que não compra veículos elétricos porque depois não tem onde os carregar de forma adequada.” Outro projeto que estará em condições de ver a luz do dia até ao verão deste ano é uma espécie de cartão frota para carregamento, que está em fase de testes-piloto.
Tal como a EDP, também a Brisa/Via Verde enquanto operadora de mobilidade está a apoiar projetos de startups. Com o propósito de atrair a criatividade dos jovens profissionais nas áreas das engenharias e tecnologias da informação, a Brisa criou a Grow Mobility, um acelerador de startups para o desenvolvimento de projetos na área da mobilidade.