Diário de Notícias

João Ribas promete uma nova forma de pensar em Serralves

João Ribas, de 38 anos, foi nomeado diretor do Museu de Serralves, escolhido por unanimidad­e após um concurso internacio­nal muito concorrido, com candidatos de todo o mundo

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João Ribas, durante a apresentaç­ão da exposição Mutter 81%, em Santo Tirso, com o presidente da autarquia Joaquim Couto e Ana Pinho

MARINA MARQUES Quatro anos e um dia depois de ter sido apresentad­o como diretor adjunto do Museu de Serralves, João Ribas foi ontem anunciado como novo diretor da instituiçã­o. Assume a continuida­de mas promete “uma nova forma de pensar, novas ideias e novas iniciativa­s”, afirmou ao DN perspetiva­ndo os próximos cinco anos de atividade no cargo deixado vago por Suzanne Cotter.

Assumindo a liderança do Museu num ano em que as contas de 2017 apontam para um recorde de visitas (mais de 830 mil), com uma acentuada subida entre os estrangeir­os (34%), João Ribas reclama a sua quota-parte neste sucesso: “Uma das razões por que também tenho a honra e o privilégio de estar neste cargo é precisamen­te pelo trabalho que fiz para isso acontecer juntamente com a anterior direção.”

A programaçã­o deste ano de Serralves, revelada na sexta-feira passada, já tem a sua marca, não havendo “uma divisão assim tão clara no sentido em que nos últimos quatro anos também estive a construir a programaçã­o do museu, algo que se refletiu em exposições que fiz para o museu e a nível internacio­nal, como por exemplo a retrospeti­va de Helena Almeida”, refere o curador. “Mas, claro, vai haver um novo ciclo de programaçã­o, com novas ideias, novos horizontes e novas práticas artísticas. Temos um exemplo para este ano que é a exposição dedicada a Robert Mapplethor­pe [a inaugurar no Porto em setembro], uma exposição que eu iniciei e que reflete também a minha marca na programaçã­o”, refere João Ribas. Parceria com a Tate Modern Uma marca que voltará a passar fronteiras, tal como aconteceu com a retrospeti­va de Helena Almeida, primeiro apresentad­a em Serralves e depois em Paris e em Bruxelas. “Tendo em conta que a internacio­nalização é um aparte que sempre distinguiu a Fundação e o Museu de Serralves, claramente que temos interesse em parcerias e estamos a trabalhar para consolidar essa relação internacio­nal com o objetivo de divulgar e levar a produção artística portuguesa ao estrangeir­o e também continuar estas parcerias e estas exposições em parceria com grandes instituiçõ­es internacio­nais.” E revela: “Vamos inaugurar ainda este ano uma exposição em parceria com a Tate Modern, exposição que depois virá para Serralves em 2019. A curadoria será minha e de um curador da Tate”. Quanto ao tema da exposição “será anunciado pela Tate Modern”, diz o curador, natural de Braga, que viveu durante 26 anos nos Estados Unidos.

O regresso a Portugal aconteceu precisamen­te em 2014 e, a então diretora Suzanne Cotter, chegada ao

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