“Vamos inaugurar ainda este ano uma exposição em parceria com a Tate Modern, exposição que depois virá para Serralves em 2019”
Porto em janeiro de 2013, justificava a sua escolha como diretor adjunto por se tratar de “um curador distinguido internacionalmente pela originalidade das suas exposições e pelo seu profundo compromisso com os artistas e o pensamento”. Uma referência aos quatro prémios consecutivos de melhor exposição do ano atribuídos pela Associação Internacional de Críticos de Arte dos Estados Unidos, entre 2008 e 2011, entre outras distinções conquistadas durante o seu percurso como curador iniciado no The Drawing Center em Nova Iorque (entre 2007 e 2009) e depois no MIT List Visual Arts Center, em Cambridge (entre 2009 e 2013).
A ligação de João Ribas, de 38 anos, ao trabalho da Fundação é mais antiga e recorda ao DN esse primeiro momento: “Conheci o museu em 2006 quando, a convite da FLAD [Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento], vim a Portugal visitar várias instituições em Lisboa e no Porto. Tive oportunidade de conhecer grandes artistas portugueses como Ângelo de Sousa. Foi uma experiência que me marcou muito. Já conhecia o trabalho de muitos deles, mas conheci pessoalmente os artistas, o que alimentou o meu interesse na arte portuguesa e eventualmente na inclusão de artistas portugueses em exposições nos Estados Unidos.” “Já tinha trabalhado com artistas portugueses no contexto norte-americano, organizando exposições com artistas como Gabriel Abrantes e coletivas que integraram [João Maria ] Gusmão e [Pedro] Paiva, Leonor Antunes”, enumera João Ribas que, a par do trabalho de curadoria, também lecionou na Yale University School of Art, na Rhode Island School of Design e na School of Arts, em Nova Iorque.
Ontem, a administração da Fundação de Serralves destacou o “excelente percurso” de Ribas, escolhido por unanimidade, “num concurso internacional muito concorrido em que participaram candidatos de todo o mundo”. E congratulou-se pela escolha do novo diretor recair numa “pessoa da casa” e por ser um “português” que irá liderar “o novo ciclo que se aproxima com a comemoração dos 20 anos do Museu de Serralves”. “Julgo que é muito importante, em especial ser um português que teve uma relevantíssima carreira internacional. Tem uma enorme vantagem de conhecer Serralves”, explicou Ana Pinho, presidente do conselho de administração e um dos membros do júri do concurso internacional formado ainda pelos vice-presidentes Isabel Pires de Lima e Manuel Ferreira da Silva e por três membros externos: Vicente Todolí, primeiro diretor do Museu de Serralves, Laurent Le Bon, presidente do Musée National Picasso, e JochenVolz, diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo.