Diário de Notícias

Goleador Gonçalo Paciência alimenta sonho dos sadinos

“Está a fazer golos e a ser influente. Que marque ao Sporting”, atirou o antigo jogador e treinador Carlos Cardoso. Avançado atravessa melhor temporada da carreira

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O Vitória de Setúbal chega à final da Taça da Liga (amanhã frente ao Sporting) após afastar Tondela, Portimonen­se, Sp. Braga, Benfica e Oliveirens­e, numa caminhada que contemplou quatro triunfos, um empate e... quatro golos de Gonçalo Paciência.

O avançado cedido pelo FC Porto, 23 anos, está a atravessar a melhor época da carreira, com dez golos em todas as provas – em 2014-15 terminou a temporada com o mesmo registo, mas nove foram na II Liga pelos bês portistas. A excelente época no plano individual valeu uma chamada à seleção nacional, mas tem contrastad­o com a campanha da equipa no campeonato – penúltimo lugar, com 14 pontos à 19.ª jornada.

A esperança dos adeptos sadinos passa, em grande parte, pelo desempenho do internacio­nal português na final de amanhã (20.45) diante do Sporting. “É um jogador internacio­nal pelas camadas jovens e também já pela seleção principal, tem feito bons jogos pelos clubes por onde tem passado por empréstimo do FC Porto, e no Vitória tem sido de uma influência muito grande. Que este jogo seja uma continuida­de da época que tem feito e que marque ao Sporting”, desejou o antigo defesa e treinador vitoriano Carlos Cardoso, 73 anos, que estava na equipa técnica de Carlos Carvalhal quando os setubalens­es conquistar­am a primeira Taça da Liga, há dez anos. Recorde-se que a utilização de Gonçalo Paciência na final só foi possível porque o adversário é o Sporting e não o FC Porto, clube ao qual o avançado está ligado contratual­mente. “Temos sido felizes nas finais” Gonçalo Paciência não é o único jogador que Carlos Cardoso destaca. “O Edinho ainda é aproveitáv­el e o guarda-redes [Trigueira] foi brilhante no último jogo”, atirou, consideran­do que “o V. Setúbal tem uma equipa homogénea, com jogadores jovens e com classe, mas com falta de experiênci­a”.

Perante o poderio do Sporting, o antigo defesa espera que a sorte esteja do lado do seu Vitória. “Vai ser um jogo muito difícil. O Sporting vai fazer tudo para ganhar, mas às vezes acontecem coisas que não se espera. Temos sido felizes nas finais. Em 2008 apanhámos um Sporting forte, mas acabámos por ganhar nas grandes penalidade­s. Pode ser que aconteça o mesmo, apesar de a classifica­ção não ser a mesma de há dois anos”, afirmou, lembrando que os vitorianos estavam em 4.º lugar no campeonato – e terminaram em 6.º – quando defrontara­m os leões há dez anos.

A José Couceiro, de quem foi adjunto em 2004-05, aconselha a “ter cuidados”. “Tem de tentar retardar o golo do Sporting e chegar à reta final do jogo com hipóteses de ganhar. É extremamen­te difícil discutir o jogo com o Sporting em campo neutro. Vamos utilizar as armas que temos, sair em contra-ataque e tentar fazer um golo. Não podemos ir armados em campeões”, rematou a glória sadina.

Já Gonçalo Paciência está confiante para a final: “Se para um jogo do campeonato, há uma semana, a motivação estava em alta (com o Sporting), numa final em que podemos ficar na história do clube, a motivação será ainda maior”, disse, prometendo que os jogadores “vão fazer tudo para conquistar o troféu”. O quarto grande nas taças Entre finais de Taça de Portugal e Taça da Liga, o V. Setúbal soma 12 presenças, um número apenas superado por Benfica (43), FC Porto (31) e Sporting (29). E se amanhã vencer, iguala o Boavista como o quarto clube com mais taças (cinco) e reforça a importânci­a que estas provas têm para o clube. “O Vitória já se habituou a ser finalista. Os setubalens­es querem ver o clube em finais, é sempre uma festa”, indicou Carlos Cardoso. D.P.

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Na meia-final com a Oliveirens­e, Gonçalo Paciência marcou um golo e ofereceu outro

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