Diário de Notícias

Gigante ibérico de ginásios pode chegar a 40 Fitness Hut até 2020

A venda dos ginásios portuguese­s à dona da cadeia espanhola Viva Gym criou um líder ibérico

-

INTERNACIO­NALIZAÇÃO A cadeia de ginásios Fitness Hut crescerá dos atuais 27 clubes em Portugal para um total de 31, com quatro aberturas previstas até ao final do primeiro trimestre, podendo a rede expandir-se para mais de 40 ginásios no próximo ano e meio. A previsão é de José Luís Pinto Basto, CEO do The Edge Group, cuja holding de investimen­to – Edge Capital – vendeu a Fitness Hut à Viva Gym Group Limited, que detém a cadeia de ginásios Viva Gym em Espanha.

O valor do negócio não é conhecido, mas, ao DN/Dinheiro Vivo, José Luís Pinto Basto garantiu que “foi um grande negócio”. “A empresa tinha no final do ano um EBITDA superior a dez milhões e foi essa a base para a venda. Foi um negócio com um volume significat­ivo”, refere, acrescenta­ndo: “Uma das maiores operações de private equity dos últimos anos em Portugal.”

“Vendemos a empresa com 31 ginásios e um pipeline de mais dez a 12 ginásios no próximo ano e meio (entre já contratado­s, em negociação e locais identifica­dos). Não tenho dúvidas de que a empresa vai continuar a crescer.” Sobre o novo dono, o CEO do The Edge Group, diz que “pode fazer mais pela empresa” e “dar bom seguimento a este projeto e a uma escala internacio­nal de forma estruturad­a”. “Não tínhamos pressa de vender, mas foi uma proposta irrecusáve­l”, garante. A ambição, agora, é criar um líder ibérico e avançar para a internacio­nalização. “O Fitness Hut é líder em Portugal, o Viva Gym é uma cadeia importante em Espanha. A junção dos dois já faz um líder ibérico. A partir daí haverá espaço para uma internacio­nalização”, antevê.

milhões A faturação da cadeia de ginásios

já ultrapassa os 30 milhões de euros. Em breve a cadeia deve ultrapassa­r os 40 ginásios-

Entre 2011 e 2017, o investimen­to na cadeia de ginásios Fitness Hut rondou os 40 milhões de euros (média de 1,5 milhões por ginásio). Desde a primeira hora o projeto foi desenvolvi­do pela Edge Capital SGPS, holding de investimen­tos participad­a por José Luís Pinto Basto através da The Edge SGPS (50%) e por Miguel Pais do Amaral através da Greypart SGPS (50%).

Com oito ginásios a nascer nos primeiros três anos (o que representa um esforço financeiro de 12 milhões de euros, com recurso a capitais próprios e financiame­nto bancário), em 2014 o OxyCapital Mezzanine Fund tornou-se parceiro estratégic­o do Fitness Hut, financiand­o a empresa com um investimen­to adicional de mais 12 milhões, o que permitiu a aceleração da expansão da cadeia por todo o país. “Achámos que existia espaço para 45 a 50 ginásios destes em Portugal. Por isso, recorremos a um parceiro com capacidade financeira de aceleração”, conta José Luís Pinto Basto. No momento da venda, o Fitness Hut tinha mais de 110 mil clientes e faturação superior a 30 milhões. “Todos os ginásios foram rentáveis desde o primeiro dia. Fizemos este projeto crescer em plena crise e de forma sustentada, tornando-se em seis anos a maior cadeia do país”, reforça o CEO do The Edge Group

Na visão de José Luís Pinto Basto, “este negócio veio consolidar a posição da Edge Capital como catalisado­ra de projetos inovadores, depois dos supermerca­dos Brio, vendidos recentemen­te à Sonae. Em abril e por um valor que também não foi revelado pelas partes, o grupo Sonae SGPS comprou a cadeia de seis supermerca­dos Brio, de alimentaçã­o biológica, ao The Edge Group, que detinha uma participaç­ão de 80% e somava um investimen­to no projeto na ordem dos três milhões de euros. A venda da Brio também abriu portas à internacio­nalização da marca.

Na carteira de investimen­tos da Edge Capital somam-se ainda marcas como a Majora, Labrador, Nutriventu­res, Chick by Choice, entre outras. “Ao todo, investimos nesta área de capital de risco na ordem dos dez milhões de euros. Temos consciênci­a de que haverá negócios em que investimos que vão correr mal”, admite José Luís Pinto Basto, garantindo estar já a “trabalhar em novos conceitos que acreditamo­s que vão ser introduzid­os com sucesso” em Portugal.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal