Construção dos módulos do CCB pode arrancar no início de 2019
Um hotel e uma galeria com restaurantes, bares e lojas vão nascer a poente do Centro Cultural de Belém, completando o projeto original de Vittorio Gregotti e Manuel Salgado. A festejar 25 anos de vida, se não contarmos a presidência portuguesa da União E
Ao conjunto existente vai somar-se uma construção a ocupar o terreno até à ex-Universidade Moderna
O funcionamento do CCB é sustentado em parte por uma subvenção anual do Estado, no valor de sete milhões de euros, mas o orçamento atinge os 8,5 milhões. A diferença é suportada pelas receitas comerciais geradas no CCB, com alugueres de espaços e outras iniciativas. Para Elísio Summavielle, uma receita maior permitiria que o centro cultural voltasse a ter uma programação competitiva a nível internacional.
O responsável sabe que há um enorme entusiasmo no governo e na Câmara de Lisboa quanto ao projeto, como foi evidente ontem de manhã na conferência de imprensa do ministro da Cultura Castro Mendes e do presidente Fernando Medina convocada para anunciar as obras do Palácio da Ajuda e em que o CCB foi referido.
Entusiasmado ficou também o arquiteto italiano Vittorio Gregotti. Em declarações ao DN, recordou que este foi “um projeto absolutamente excecional”. E adiantou: “Eu considero sempre excecionais os projetos importantes, mas em Belém havia um contexto histórico e físico com o qual me relacionei de uma maneira muito forte. Tinha de ter em conta a localização específica onde se situava.” Está igualmente contente por ter uma visita programada a Lisboa no final do ano, para a inauguração de uma exposição sobre a sua vasta obra que está em preparação no próprio CCB.
Para Manuel Salgado, vereador da CâmaradeLisboa,éevidentequenão terá qualquer relação com a obra: “Não tenho qualquer intervenção nem no projeto nem na sua apreciação, estou fora.” É o ateliê Risco, de que se desligou quando foi para o município, que assume esse papel. Sublinha que os novos módulos não implicam alterações na rede viária. E esclarece: “Quando no ano 2000 foi feito o Plano Estratégico do Turismo de Lisboa, foram delineadas três polaridades ao longo do Tejo: a Baixa, o ParquedasNaçõeseBelém,queéum polo cultural por excelência. Faz todo o sentido desenvolver esse projeto e consolidar a ideia dos três polos. Hoje estes três polos tendem a fundir-se, o que é bom para a cidade.”