Diário de Notícias

Mulheres e idosos estão a beber mais

É na região dos Açores que se registam os valores mais altos nos consumos de álcool de risco ou dependênci­a

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RELATÓRIO O acesso mais difícil a bebidas alcoólicas entre os mais novos está a atrasar o início do consumo nas populações mais jovens. Um dado positivo e que contrasta com o aumento do consumo de álcool em alguns grupos, nomeadamen­te entre mulheres e faixas etárias mais velhas. Dados que fazem parte do relatório A Situação do País em Matéria de Álcool, em 2016, publicado no mês passado pelo Serviço de Intervençã­o nos Comportame­ntos Aditivos e nas Dependênci­as (SICAD).

No preâmbulo do relatório, João Goulão, presidente do SICAD, destaca “a evolução positiva de alguns indicadore­s, como a perceção de menor facilidade de acesso a bebidas alcoólicas em idades inferiores às mínimas legais e o retardar das idades de início dos consumos em populações jovens (o que não será alheio ao investimen­to na implementa­ção da legislação produzida neste ciclo)”.

Destaque para “a diminuição do consumo per capita e ainda importante­s ganhos em saúde, seja a nível da morbilidad­e (em particular a diminuição de internamen­tos hospitalar­es com diagnóstic­o principal de hepatite ou cirrose alcoólicas) seja a nível da mortalidad­e, Os grupos de AA em Portugal funcionam sob anonimato e confidenci­alidade nomeadamen­te a diminuição na mortalidad­e por doenças atribuívei­s ao álcool e em acidentes de viação”.

No entanto, há indicadore­s de dados menos positivos para o país. De acordo com o IV Inquérito Nacional ao Consumo de Substância­s Psicoativa­s na População Geral, Portugal 2016/17, houve “um agravament­o dos consumos de risco ou dependênci­a na população geral de 15-74 anos, bem como outras evoluções negativas preocupant­es em alguns subgrupos populacion­ais, sendo de realçar o sexo feminino e as faixas etárias mais velhas”. Aumentou também a frequência de binge (consumo de várias bebidas num curto espaço de tempo) entre a população portuguesa.

Analisando as regiões, é nos Açores que se registam os valores mais altos no consumo binge, embriaguez e consumos de risco ou dependênci­a, tanto na população geral de 15-74 anos como na de 15-34 anos. J.C.

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