Todas as bacias hidrográficas têm agora mais água
Ainda há seis bacias com um armazenamento inferior à média para este mês
Bacias do Sado duplicaram volume e têm atualmente cerca de 40% Todas as bacias hidrográficas portuguesas aumentaram a quantidade de água armazenada em meados de março relativamente a valores de final de fevereiro, com o Sado a chegar a 47%.
Quanto às albufeiras, das 60 monitorizadas pela Agência Portuguesa do Ambiente, 22 apresentaram disponibilidades superiores a 80% do total possível, depois das chuvas dos últimos dias.
Sete das albufeiras ainda tinham disponibilidades inferiores a 40%, quando a 9 de março eram 12. Entre as que foram avaliadas na quinta-feira a apresentar menos de 40% de volume, correspondendo a cerca de 11% do total das seguidas, três estavam na bacia do Sado. As restantes estavam na bacia do Guadiana (três) e na bacia do Tejo (uma).
Os armazenamentos por bacia hidrográfica apresentaram-se inferiores às médias de armazenamento para março (1990-91 a 2016-17) em seis bacias, ou seja, nas ribeiras do Oeste (têm 48,1% contra a média de 70%), no Sado (47,3% contra 66,5%), no Mira (62% contra 82%), no Guadiana (73,4% contra 83,7%), no Barlavento (51,5% contra 82,4%) e no Arade (48,7% contra 59,1%).
O Ave apresentou 100% de armazenamento e o Tejo 83%, enquanto o Lima e o Douro tinham 77,8%, com percentagens acima da média. O aumento do volume na bacia do Sado deve-se a “afluências próprias”, passando de 29% para 47,3%. As bacias do Lima, do Ave e do Tejo registaram a maior subida relativamente aos valores registados no final de fevereiro.
Apesar das subidas relativamente a fevereiro, o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, avisou na sexta-feira que as bacias hidrográficas a sul do Tejo, apesar da chuva que tem caído, ainda “têm menos água do que é comum” para a época do ano.
“De uma maneira geral, as bacias hidrográficas a sul do Tejo, mesmo com a recuperação que tiveram, têm menos água do que é comum”, afirmou o ministro, após uma visita à barragem do Pego do Altar, no concelho de Alcácer do Sal, distrito de Setúbal.
João Matos Fernandes participa, a partir de amanhã, no Fórum Mundial da Água, em Brasília, que conta com mais de 30 mil pessoas, com Portugal a ter a maior presença de sempre, para debater este recurso nas componentes política, técnica, regional e jurídica.
É a primeira vez que um Fórum Mundial da Água, que vai na oitava edição, se realiza num país de língua portuguesa, e Portugal decidiu apostar forte no evento, com a presença de vários elementos, não só políticos como técnicos, empresários e especialistas do setor. LUSA