Diário de Notícias

Eficácia azul e branca num dérbi de poucas emoções

Houve muitas poucas ocasiões de golo no Estádio do Dragão, mas o FC Porto revelou-se superior nos 90 minutos, ainda que os axadrezado­s tenham suado para tentar melhor resultado

- GONÇALO LOPES

No dérbi da Invicta, o FC Porto foi mais feliz do que o Boavista, aproveitan­do as poucas ocasiões de golo que criou. Uma vitória indiscutív­el, que mantém os azuis e brancos isolados na liderança do campeonato.

Após a primeira derrota no campeonato, na passada jornada, em Paços de Ferreira, o FC Porto entrava ontem em campo sob brasas, até porque à hora do jogo o Benfica era líder, ainda que à condição. Aos dois minutos, contudo, Felipe deu um pouco mais de tranquilid­ade aos seus colegas, ao correspond­er de cabeça a um cruzamento de Sérgio Oliveira, sem dar hipóteses a Vagner.

Entrava forte o FC Porto, com Ricardo Pereira a ter a batuta da orquestra, desta feita jogando no corredor central, mas faltava mais discernime­nto na área, com o Boavista a fechar-se bem na defesa. É verdade que em pouco tempo os dragões chegaram aos sete cantos, encostavam os axadrezado­s às cordas, não deixavam o rival portuense sair para contra-ataque, mas os remates à baliza eram praticamen­te nulos. Ainda assim estavam melhores os da casa, isto até Sérgio Conceição ter mudado a estratégia.

Com Sérgio Oliveira pouco interventi­vo no centro do terreno, o treinador recolocou Ricardo Pereira à direita e Otávio no centro, para dar mais velocidade, e foi aqui que o Boavista apareceu. Os axadrezado­s, diga-se, não criaram situações claras de golo, mas a partir dos 25’ dividiram a posse de bola com os azuis e brancos, chegavam mais vezes à frente e retiraram algum poderio ofensivo à equipa da casa. Os derradeiro­s 20 minutos antes do intervalo acabaram por ser mais equilibrad­os, com o jogo a disputar-se mais a meio-campo e sem grandes emoções.

Tal como no primeiro tempo, o FC Porto poderia ter feito novo golo no segundo minuto da etapa complement­ar e também na primeira ocasião de golo. Desta feita foi o mexicano Herrera a construir um lance vistoso, tirando dois adversário­s do caminho, mas Vagner adivinhou o lado do remate do mexicano.

Mas nem este lance atemorizou o Boavista, que entrara para a segunda parte à procura do golo. Jogou de igual para igual, pelo menos durante o primeiro quarto de hora deste período. Aos 56’, aliás, Casillas evitou aquele que poderia ter sido um balde de água fria para os adeptos, brilhando a um remate de Mateus, quando os axadrezado­s já gritavam golo.

Estava animado o jogo, mas um grave erro de Vagner numa reposição de bola, aos 63’, acabou por decidir o jogo. Deixou que Herrera não hesitasse ao rematar para o 2-0 e retirou toda a confiança ao Boavista, que nos derradeiro­s 30 minutos não mais se aproximou da baliza de Iker Casillas.

O FC Porto dominou então, viu o VAR anular um golo marcado por Sérgio Oliveira, de penálti, após este escorregar e dar dois toques na bola antes de marcar, criou outras ocasiões, mas fundamenta­lmente, com o 2-0, foi mais gerir e descansar do que tentar dilatar a vantagem.

“Não estamos habituados a perder e demos uma grande resposta após o jogo em Paços de Ferreira” SÉRGIO CONCEIÇÃO TREINADOR DO FC PORTO

“Estivemos bem. Nenhuma equipa criou tantas dificuldad­es ao FC Porto no Dragão” JORGE SIMÃO TREINADOR DO BOAVISTA

 ??  ?? Felipe marcou o primeiro golo dos azuis e brancos, logo a abrir a primeira parte, e depois festejou de forma acrobática
Felipe marcou o primeiro golo dos azuis e brancos, logo a abrir a primeira parte, e depois festejou de forma acrobática

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