5000 europeus juntaram-se ao Estado Islâmico desde 2014
Diretor executivo do organismo policial europeu fala na radicalização de 30 mil pessoas através da internet
EUROPOL Cerca de 5000 europeus, entre eles 800 dos Balcãs Ocidentais, integraram o grupo extremista Estado Islâmico desde 2014, segundo informação divulgada ontem pelo Serviço Europeu de Polícia (Europol), que visa “identificar e neutralizar estas pessoas”.
A Europol destacou os Balcãs Ocidentais por serem uma abrangente região de radicais que se unem ao Estado Islâmico e considerando que, como consequência da derrota militar do grupo extremista na Síria e no Iraque, o regresso destes cidadãos constitui uma grande ameaça para estes países.
Segundo o diretor adjunto deste organismo policial, Oldrich Martinu, os serviços de segurança europeus e os países membros da Europol concordaram em aprofundar a sua cooperação e partilhar mais informação relevante para combater esta ameaça.
Já o diretor executivo da Europeu, Rob Wainwright, referiu, numa entrevista concedida a uma estação de televisão búlgara, a bTV, que na Europa existem 30 mil cidadãos radicalizados através da internet e que representam uma potencial ameaça de terrorismo.
Wainwright afirmou ainda, citado pela agência noticiosa espanhola EFE, que “as coisas não estão claras” e que “estas pessoas são influenciadas mas não estão subordinadas ao Estado Islâmico”.
Este responsável defendeu a necessidade de estar alerta, porque a qualquer momento estas pessoas “podem alugar uma camioneta e matar inocentes”, uma nova forma de terrorismo que classificou ser difícil de combater pelas forças de segurança europeias e mundiais.
De acordo com o relatório anual da Europol divulgado em 2017, registou-se um aumento nos últimos anis de grupos terroristas. Entre os alegados radicais detidos pelas autoridades europeias, um em cada quatro são do sexo feminino e um terço têm menos de 25 anos.
O mesmo documento indica que a Europol registou um aumento no número de julgamentos em tribunais dos 28 Estados membros, nomeadamente em Espanha e na França. A.M., com Lusa