Diário de Notícias

Missão prolonga-se até final deste ano e pode ser renovada

-

› O primeiro contingent­e de militares portuguese­s – uma centena e meia de comandos, pessoal de apoio do Exército e controlado­res aéreos táticos da Forças Aérea – partiu nas primeiras semanas de 2017 para a República Centro-Africana. A decisão, que teve em pano de fundo o processo de candidatur­a de António Guterres para secretário-geral da ONU, também assinalou o regresso das Forças Armadas às missões da ONU. A presença na Missão Multidimen­sional Integrada das Nações Unidas para a Estabiliza­ção da República Centro-Africana (MINUSCA) foi aprovada por um ano, podendo ser renovada “por iguais períodos de tempo” (como já aconteceu uma vez). que são os melhores militares do mundo, foram sempre, mas são cada vez mais.”

O porta-voz do EMGFA, citando um dos operaciona­is envolvidos na emboscada, referiu ao DN que o risco na RCA é significat­ivo mas não tão significat­ivo como as missões cumpridas no Iraque e no Afeganistã­o. No entanto, os paraquedis­tas emboscados tiveram de recorrer às metralhado­ras pesadas Browning – com calibre 12,7 mm – porque as munições 7,62 das velhinhas G3 davam “pouco jeito”.

Mas essenciais para a bem-sucedida resposta foram os óculos de visão noturna e a blindagem dos carros de combate, adiantou o portavoz do EMGFA, na medida em que lhes permitiu estar protegidos durante a fase em que não podiam disparar devido aos civis usados como escudos humanos. Depois, tendo recebido o apoio de 45 paraquedis­tas da Força de Reação Rápida, começaram por uma demonstraç­ão de força – tiros para o meio da rua – que incluiu o lançamento de granadas de gás lacrimogén­eo.

A operação, que durou cerca de quatro horas, acabou com os militares a desobstrui­r as ruas bloqueadas com pedras, mobílias e até sanitas, com o objetivo de lhes dificultar a saída do bairro.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal